JurisWay - Sistema Educacional Online
 
É online e gratuito, não perca tempo!
 
Cursos
Certificados
Concursos
OAB
ENEM
Vídeos
Modelos
Perguntas
Eventos
Artigos
Fale Conosco
Mais...
 
Email
Senha
powered by
Google  
 

Prova Concurso Público
TJ/PE
Oficial de Justiça - Maio/2007
Elaboração: FCC

Língua Portuguesa

Anexo para as questões 1 a 15

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto que segue.

Duzentas gramas

Tenho um amigo que fica indignado quando peço na padaria "duzentas" gramas de presunto - já que a forma correta, insiste ele, é duzentos gramas. Sempre discutimos sobre os diferentes modos de falar. Ele argumenta que as regras de pronúncia e de ortografia, já que existem, devem ser obedecidas, e que os mais cultos (como eu, um cara que traduz livros) devem insistir na forma correta, a fim de esclarecer e encaminhar gente menos iluminada.

Eu sempre argumento que, quando ele diz que só existe uma forma correta de falar, está usurpando um termo de outro ramo, que está tentando aplicar a ética à gramática, como se falar corretamente implicasse algum grau de correção moral, como se dizer "duzentas" significasse incorrer numa falha de caráter, e dizer duzentos gramas fosse prova de virtude e integridade.

Ele vem então com aquela de que se pode desculpar a moça da padaria quando fala "duzentas", pois ela desconhece a norma culta, mas quanto a mim, que a domino, demonstro uma falha de caráter ao ignorá-la em benefício dos outros - só para evitar o constrangimento de falar diferente. "Quem sabe fazer o bem e não o faz comete pecado" - parece concluir.

Eu reconheço, sim, que falo de forma diferente dependendo de quem seja meu interlocutor. Às vezes uso deliberadamente formas como "tentêmo" ou "vou ir". Pelo mesmo motivo, todas as gírias e dialetos locais me interessam. Não que - por exemplo - a decisão de dizer "duzentas" gramas seja consciente, uma premeditação em favor da inclusão social. É que, algumas vezes, a coisa certa a se fazer - sobretudo na linguagem falada - é ignorar a norma, ou pervertê-la. Quando peço "duzentas gramas de presunto, por favor", a moça da padaria invariavelmente repete, como que para extorquir minha profissão de fé à norma inculta:

DUZENTAS?

Duzentas, confirmo eu, já meio arrependido, mas caindo, ainda assim, em tentação.

(Adaptado de Paulo Brabo, site A bacia das almas)


Exibir/Ocultar texto completo deste anexo.

13ª Questão:

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher de modo correto a lacuna da frase:
Comentário: Danilo Borges
Para responder a essa questão, é preciso descobrir qual termo será o sujeito do verbo entre parêntesis e analisar se este termo está no singular ou no plural. E para descobrir o sujeito, não há nada melhor do que colocar a frase na ordem direta...

a)......-se (confiar) aos usuários de uma língua a missão de conservá-la expressiva.
279 marcações (19%)
Comentário: Danilo Borges
Na ordem direta:
A missão de conservá-la expressiva deve-se confiar aos usuários de uma língua.
Sujeito (com núcleo destacado): A missão de conservá-la expressiva (singular)
b)Nem sempre ...... (convir) a um bom escritor as submissões sistemáticas à norma culta.
331 marcações (22%)
Comentário: Danilo Borges
Na ordem direta:
As submissões sistemáticas à norma culta nem sempre convêm a um bom escritor.
Sujeito (com núcleo destacado): As submissões sistemáticas à norma culta (plural, logo o verbo deve concordar no plural)
c)Não se ...... (atribuir) à gente simples do povo a culpa pelos “pecados” lingüísticos que decorrem da falta de escolaridade.
177 marcações (12%)
Comentário: Danilo Borges
Na ordem direta:
A culpa pelos "pecados" linguísticos que decorrem da falta de escolaridade não se atribui à gente simples do povo.
Sujeito (com núcleo destacado): A culpa pelos "pecados" linguísticos que decorrem da falta de escolaridade (singular)
d)Dos grande escritores não se ...... (exigir) o cumprimento ortodoxo das determinações gramaticais.
315 marcações (21%)
Comentário: Danilo Borges
Na ordem direta:
O cumprimento ortodoxo das determinações gramaticais não se exige dos grandes escritores.
Sujeito (com núcleo destacado): O cumprimento ortodoxo das determinações gramaticais (singular)
e)Quantas vezes não ...... (caber) aos escritores subverter o que recomendam as normas gramaticais?
390 marcações (26%)
Comentário: Danilo Borges
Neste caso, para estabelecer a ordem direta, vamos desconsiderar o "Quantas vezes não":
Subverter o que recomendam as normas gramaticais cabe aos escritores.
Sujeito oracional: Subverter o que recomendam as normas gramaticais (pode ser substituído por "isso" - singular)


Comentário: Danilo Borges
Outra dica importante:
Normalmente, o sujeito não virá preposicionado (precedido de uma preposição).
Aplicando esse conhecimento, percebemos que as preposições em "aos usuários", "a um bom escritor", "à gente", "Dos grandes escritores" e "aos escritores" denunciam que esses termos são complementos verbais, e não sujeitos.




Comentários  



Lembre-se: Salvo disposição em contrário, as questões e o gabarito levam em consideração a legislação em vigor à época do edital desta prova, que foi aplicada em Maio/2007.

Questões desta Prova

Lista de provas de concursos

Lista de provas da OAB

Notícias sobre Concursos Públicos e provas OAB

Copyright (c) 2006-2024. JurisWay - Todos os direitos reservados