O indivíduo sem sonhos, apesar de se esquivar da realidade, no mais profundo do seu âmago, embora pense ou diga de modo diferente, sabe que falhou na sua missão neste planeta, tanto como ser inteligente e realizador tanto como amigo ou companheiro. Sabe que falhou também como pai, talvez como filho, e falhou ainda como homem e cidadão. Enfim, conserva na alma apenas a convicção de que na sua reles existência nada projetou; nada construiu; nada realizou; que desconhece a razão de sua passagem pela vida e, envergonhado, ou revoltado, se esconde sob o manto da marca ostensiva do seu fracasso.