Alguns indivíduos, atordoados com a agitação do cotidiano, imersos no lodaçal de compromissos que a vida em sociedade lhes impõe, ou mesmo covardemente acomodados, se deixam levar pelas obrigações do lar ou do trabalho e abandonam os sonhos. Mais tarde, quando o inconsciente se cansa de esperar pela necessária energia que só a sensação de realização produz, sentem a bolha de esperança explodir em um grave ataque de angústia, frustração ou depressão, e, independente do ambiente ao derredor, descobrem que nada mais terá sentido.
O problema é que os indivíduos que não têm um sonho a realizar, por consequência não buscam uma realização previamente definida e esperada nesta complexa estrutura universal, acabam se transformando em seres apáticos, sem esperança, enfim se tornam andantes trôpegos, uma tropa sem rumo, miseráveis que vegetam, ou um punhado de nada.