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Um dia, minha tia, que tinha uma farmácia, resolveu ampliar seu negócio criando um tele-entregas. Ela colocou o filho como motoboy e me chamou para atender os pedidos pelo telefone, pois sabia que eu já tinha uma certa experiência para lidar com pessoas. Como o salário era um pouco melhor, não pensei duas vezes. Mas lá era tudo muito precário. Eu ficava o dia inteiro atendendo às ligações e procurando pelos nomes dos remédios nas listas de preço. Anotava os pedidos em um bloquinho para passar para os farmacêuticos, que separavam os remédios e passavam para o meu primo fazer a entrega. Com o tempo, convenci a minha tia a comprar um computador. Fiz um programinha bem simples pra cadastrar os remédios, os preços, e a quantidade de cada um no estoque. Depois, ela, animada com o progresso, comprou outro computador. Ligamos os dois em rede e aí dei uma melhorada no nosso programinha para incluir um cadastro de pedidos. A partir daí nunca mais usamos os bloquinhos. Tudo era feito pelo computador.