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Moeda virtual bitcoin começa a ganhar espaço no comércio brasileiro

Texto enviado ao JurisWay em 14/02/2014.

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Moeda virtual bitcoin começa a ganhar espaço no comércio brasileiro
14/2/2014
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Hostel em Florianópolis e bar em SP já aceitam pagamentos do tipo.
Taxa de transações é atraente, mas volatilidade da cotação pode ser risco.
 
O programador André Horta (à esq.), de Belo Horizonte, pagou a revisão de seu carro na oficina de Diego Silva em Bitcoins  (Foto: Pedro Ângelo/G1)
 
O programador André Horta, de 30 anos, levou seu Honda Fit a uma oficina de Belo Horizonte para uma revisão mecânica que custou R$ 430. Para quitar a fatura, André não usou cartão de débito ou crédito, cheque ou mesmo dinheiro vivo. O pagamento nem foi feito exatamente em reais. Diego Silva, o dono da concessionária, recebeu um total de 0,22 bitcoins, a moeda virtual mais conhecida da internet e que pode ser um modelo para uma revolução nos meios de pagamentos e recebimentos em todo o mundo.
 
A transação só foi concretizada após uma conversa demorada, pois houve desconfiança do estabelecimento de Silva.

"O que ajudou muito foi que [o dono da oficina] podia receber na conta bancária dele em dinheiro", diz André.

Mas por que então não fazer uma simples e usual transferência bancária? Justamente porque, respondem os defensores e entusiastas do bitcoin, não há bancos como intermediários. A moeda que só existe no ambiente virtual foi criada há apenas 4 anos e circula por meio de transações entre "carteiras" que existem nos computadores dos usuários. Também não há controle de nenhum banco central do mundo. Para especialistas, o bitcoin pode não durar, mas seu modelo deve permanecer.

Reza a lenda – e tudo realmente indica que seja somente uma lenda – que tudo começou com um japonês chamado Satoshi Nakamoto, com 37 anos na época. Ninguém nunca o viu pessoalmente e acredita-se que ele represente um grupo do setor financeiro europeu. O enigmático "criador" do bitcoin é também o maior detentor da moeda no globo: com mais de 1 milhão de BTCs, a fortuna virtual do "suposto" Nakamoto poderia valer mais de US$ 1 bilhão (R$ 2,35 bilhões). Curiosidade: o significado do nome Satoshi, em japonês, é "sábio".
m janeiro, a revista "Bloomberg Businessweek" perguntou: "Por que investidores estão tão loucos por uma moeda alternativa criada por um fantasma?" Em um recente relatório para investidores, o tradicional Bank of America respondeu: "Acreditamos que a moeda possa se transformar em um grande meio de pagamento para o comércio eletrônico e se tornar uma séria competidora a instituições de transferências tradicionais". E Ben Bernanke, que acaba de deixar a presidência do poderoso Federal Reserve, o banco central dos EUA, deu uma bênção cautelosa: "Talvez seja uma promessa a longo prazo".

Já os governos da China e da Tailândia proibiram o bitcoin. O motivo oficial é o temor de que a moeda seja usada em lavagem de dinheiro. Sua ampla utilização na "Silk Road" (Rota da Seda), um "esconderijo" na internet onde se comercializavam drogas e armas, também deu uma pinta marginal à moeda, o que vem causando problemas para o avanço do bitcoin. No final de janeiro, o vice-presidente da fundação Bitcoin deixou o cargo após ser preso acusado de lavagem de dinheiro e de ligações com a Rota da Seda. A Apple retirou sem explicações um aplicativo de carteira digital de sua loja virtual.
 
Café em Vancouver, no Canadá, que aceita Bitcoins (Foto: Andy Clark/Reuters)

O Banco Central brasileiro declarou em nota ao G1 que o assunto não tem importância no momento. "A própria lei estabelece que sejam regulados apenas os arranjos de pagamentos que, segundo avaliação técnica, possam ter importância sistêmica. O BC analisou o emprego de bitcoins e, por ora, considera que ele não é de relevância para o sistema financeiro brasileiro".

Há vantagens e também riscos no bitcoin, e alguns comerciantes brasileiros estão começando a despertar para o seu uso. A mais visível delas é conseguir fugir das taxas de bancos e de operadoras de cartão. A adoção como meio de pagamento já ocorre no Brasil por 27 estabelecimentos comerciais, de acordo com o Coin Map – serviço que reúne lugares que se dispõem a receber pagamentos dessa forma. No total, já são mais de 2,6 mil em todo o mundo. A Campus Party Brasil em São Paulo, evento já tradicional voltado à tecnologia, teve um caixa eletrônico para troca de reais pela nova moeda.

Sem taxa de serviço

Transferir bitcoins atualmente não custa nada. Esse cenário torna a moeda atrativa para quem precisa enviar dinheiro de um país para outro, processo em que taxas bancárias e de câmbio inflam os custos. Já existem brasileiros donos de hostels, lojas de suplementos vitamínicos, bares e até profissionais como taxistas e chaveiros que fazem suas transações com bitcoins. Em Santos, no litoral de SP, um apartamento de 90 m² (com três quartos e dois banheiros) é vendido por US$ 250 mil (R$ 598,5 mil). O empresário Rodrigo Souza, que mora em Nova York, aceita apenas a nova moeda como forma de pagamento.

Adepto do bitcoin há cerca de dois meses, o Caracol Hostel de Florianópolis recebeu pela estadia de um hóspede alemão o valor de R$ 240, pouco menos de 0,1 BTC na época. Outros dois turistas da Polônia entraram em contato com o estabelecimento, fizeram reservas para se hospedar no local e avisaram que pagarão com bitcoins.

"Por que a gente não deveria aceitar?", pergunta Enzo Baldessar, funcionário do hostel responsável pela implantação. "As operadoras de cartão de crédito cobram 5%. Em uma operação recente, um cara mexeu US$ 150 milhões (R$ 359 milhões) sem pagar nada de tarifa. É muito eficiente. Quanto ele não pagaria se fizesse uma operação interbancária? Seria dinheiro jogado fora."

O bar e bicicletaria Las Magrelas, de São Paulo, entrou para o time pró-bitcoin relativamente cedo, em maio de 2013, e já registrou sete transações com a moeda. "Isso vai bombar a qualquer momento", diz Talita Noguchi, de 27 anos, uma das proprietárias. "É absurdamente simples. Quando você vê o negócio acontecendo, percebe como é fácil. É meio sem sentido as pessoas terem medo, porque ainda por cima é superseguro."

Com clientes fora do país, o escritório de design Modern Lovers, também de São Paulo, adotou o bitcoin em outubro do ano passado, quando recebeu o equivalente a US$ 6 mil (R$ 14,3 mil) na nova moeda para criar uma identidade visual de lâmpadas de LED carregadas com energia solar. O serviço foi encomendado por um australiano que chefia a subsidiária de uma firma do Reino Unido na África do Sul.

"A gente passou a usar bitcoin porque a gente recebia via banco. Além de demorar dias, recebendo US$ 100 ou US$ 1 mil vão cobrar aquelas taxas gigantes", afirma Fabrício Bellentani, um dos sócios do escritório. "Mas ainda são muitos poucos os clientes que usam e têm essa noção".
 


Fonte: G1
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