Consumo das classes C, D e E movimenta R$ 1,27 trilhão 30/1/2014
Boa parte desse consumo se deve ao crescimento da classe C nesses locais, que em 10 anos, passou de 45% para 66% da população. “É a participação dos moradores das favelas do Rio. Temos 13% de moradores das classes A e B e 66% de classe C morando em comunidades. Isso leva ao surgimento de um mercado gigantesco de consumo, que quer comprar produtos que antes só eram encontrados no asfalto”, destaca Meirelles.
O presidente do Data Popular ressalta ainda a importância do jovem (entre 15 e 25 anos) no consumo das famílias cariocas. Segundo ele, esse pessoal movimenta com o próprio salário R$ 5 bilhões por ano na economia fluminense. “São pessoas ávidas por consumir produtos e lazer, e investir na carreira profissional. O grupo ganha cada vez mais relevância econômica dentro da família, cuja renda somada é de R$ 2,5 mil”, diz o comunicólogo com MBA em gestão de negócios.
Meirelles explica que a maioria tem cartão de compras e ajuda financeiramente em casa: 70% possuem cartão de débito, 69% de crédito e 54% cartão de lojas. Já 23% fazem as compras do mês da casa, 22% pagam todas as contas e 64% são responsáveis por adquirir itens de tecnologia.
“Essa geração dá muita importância ao consumo, pois gosta de se sentir incluída ou pela aparência e pela moda ou pelos locais que frequenta”, diz, complementando: “R$ 5 bilhões é muito dinheiro em qualquer cidade do mundo, ainda mais aqui no Rio de Janeiro”.
Microempreendedora confirma pesquisa
Microempreendedora e fundadora do Rio Favela Tours, na comunidade Santa Marta, Salete Martins, 44 anos, confirma o levantamento do Instituto Data Popular. Antes de criar o projeto com mais três guias, por 15 anos ela vendeu sanduíches em trailer na região.
Fonte: O Dia - Online