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Texto enviado ao JurisWay em 21/10/2013.
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Os celulares modernos e caros estão entre os principais alvos dos assaltantes. As quadrilhas encontraram uma forma de furar o bloqueio das operadoras e revender os aparelhos roubados.
Imagens do circuito interno de uma loja de eletrônicos da região metropolitana de Porto Alegre mostram a movimentação de um homem: primeiro, ele circula acompanhado de uma mulher, como se fosse um cliente. Na sequência, arromba o mostruário e leva os aparelhos.
O delegado responsável pelo caso identificou o comprador de um desses telefones – que pode ser preso por receptação.
“Ele declarou que adquiriu o telefone de um ambulante na Rua Voluntários da Pátria em Porto Alegre e ele falou também que essa pessoa oferecia vários aparelhos de diversas modalidades”, disse o delegado Leonel Baldasso.
A rua fica bem no centro de Porto Alegre. O celular, por ser roubado, não deveria funcionar de novo.
“Todos os telefones têm o imei, que é um código mundial que identifica unicamente o telefone. A partir do momento que a pessoa tem o telefone roubado ou perde o aparelho, ela entra em contato com a operadora e esse telefone vai ser então colocado dentro de uma lista da operadora de telefones que não podem ser reabilitados”, explica o professor de engenharia de telecomunicações Rafael Kunst.
Mas golpistas encontraram formas de desbloquear estes telefones. Com um programa de computador, eles acessam a memória do celular e trocam esse código pelo imei de outro aparelho legalizado – uma espécie de clonagem.
Um homem cobra R$ 80 pelo serviço ilegal.
- Um aparelho desse daqui é de 600 a 700 pila.
- O valor do aparelho?
- É
- Mas eu quero saber pra desbloquear.
- Desbloquear, 80 pila.
O Sindicato nacional das operadoras sabe do problema e promete uma solução contra clonagem de telefones celular para o primeiro trimestre do ano que vem. “Nós vamos ter um controle de dois imeis iguais funcionando na rede. Isto significa obviamente que é um clone e a operadora então entra em contato com esses dois números iguais e possibilita a identificação do clone e ele então será bloqueado”, afirma Eduardo Levy, do Sindicato das Empresas de Telefonia e Serviço Móvel
Enquanto isso, os aparelhos seguem sendo alvo dos bandidos. Um jornalista foi assaltado no caminho para o trabalho e perdeu o celular, avaliado em R$ 1.500.
“Fez ameaça, ele carregava um capacete, disse que usava uma arma. E pediu para eu escolher entre a minha vida e o celular”, conta a vítima, que preferiu não se identificar.
A Anatel reconhece que os aparelhos mais antigos, de baixa qualidade, especialmente os que não são certificados pela agência, possibilitam a adulteração dos registros e dificultam a identificação dos que estão sendo usados nas fraudes.
A agência diz que está desenvolvendo um novo sistema para inibir que aparelhos furtados ou roubados sejam utilizados pelas redes brasileiras. Uma das possibilidades em estudo é impedir que aparelhos roubados ou furtados no exterior, integrando as bases de dados internacionais e nacionais, sejam utilizados aqui ou vice-versa.
A Anatel reconhece que os procedimentos relacionados às fraudes são dinâmicos, mas ressalta que cria as regras para o setor e supervisiona, mas não participa diretamente da operação de bloqueio dos telefones.