Últimos artigos
Um bom acordo é quando tudo se encaixa 23/07/2014
Adiantamento do 13º salário: ajuda financeira que pode ser bem-vinda 23/07/2014
Norma da ABNT em vigor há um ano restringe reformas em imóveis novos 23/07/2014
Inscrições para o Sisutec começam a partir desta segunda-feira 21/07/2014
Saiba fazer a transferência de dívida de carro ou imóvel para outra pessoa 21/07/2014
ingressos na Copa foram maior reclamação no Procon estadual 21/07/2014
Estudar no exterior já é realidade da classe C 21/07/2014
Além do 'efeito Copa': produtos e serviços no Rio subiram até 143% entre os Mundiais de 2010 e 2014 21/07/2014
Norma da ABNT em vigor há um ano restringe reformas em imóveis novos 21/07/2014
Caixas eletrônicos serão substituídos por banco 24 horas 21/07/2014
Texto enviado ao JurisWay em 03/10/2013.
![]() |
Apesar de a inadimplência do consumidor estar em queda, a reincidência do calote é elevada. Mais da metade (56,4%) dos consumidores que limparam o nome voltou a ficar inadimplente um ano após ter renegociado a dívida, segundo estudo feito entre setembro de 2011 e maio deste ano pela Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).
Num prazo mais curto, de três meses, três em cada dez consumidores que renegociaram suas dívidas ficaram novamente inadimplentes. O trabalho foi realizado na base de dados da companhia, que reúne 350 milhões de informações comerciais sobre consumidores e empresas, a maioria de CPFs (Cadastro de Pessoa Física)
"Esse resultado é um alerta para que o inadimplente faça um acordo pautado por um planejamento que possa ser cumprido", afirma o diretor de Inovação e Sustentabilidade da Boa Vista Serviços, Fernando Cosenza. Ele observa que o estudo é inédito. Portanto, não é possível traçar a evolução desse indicador de reincidência de inadimplência do consumidor.
De toda forma, na avaliação de Cosenza, dois fatores explicam esse resultado. O primeiro fator é estatístico. Isto é, com a expansão do crédito, aumentaram as possibilidades de inadimplência, tanto na primeira como na segunda vez, após renegociação das dívidas. "O número de pessoas renegociando dívidas atrasadas aumentou e o número de potenciais reincidentes também."
Planejamento. O segundo fator, que na avaliação do especialista é o principal, diz respeito a forma como são feitas as renegociações. Ele diz que, imbuído de acertar as contas atrasadas e aproveitar os descontos oferecidos pelos credores, o inadimplente acaba não fazendo as contas direito. "Falta planejamento financeiro."
Embora o estudo não tenha informações sobre o perfil do reincidente nem os motivos que o levaram a essa condição, Cosenza não acredita que o consumidor tenha sido levado a deixar de pagar as contas em dia porque voltou a consumir mais.
"Esse resultado não é preocupante", diz o economista da Associação Comercial de São Paulo, Emílio Alfieri. Isso porque o calote do consumidor está em queda. Em agosto, o calote recuou para 4,8%, aponta o BC.