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Texto enviado ao JurisWay em 30/07/2013.
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Tique-taque. Para quem passa as noites sem conseguir dormir, o relógio é cruel. Na arrastada luta contra a insônia, remédios calmantes surgem como armas rápidas e infalíveis para vencer o problema. Dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que os benzodiazepínicos, como são chamados tecnicamente, estão no topo da lista de remédios controlados mais vendidos no Brasil. E a comercialização cresce a cada ano, embora os efeitos colaterais e o risco de dependência sejam amplamente conhecidos. — Definitivamente, há um exagero no consumo destas medicações. Vivemos na era do imediatismo. As pessoas querem soluções fáceis para problemas e, por isso, recorrem a “pílulas mágicas” — analisa a neurologista especialista em insônia Christianne Martins, do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Usados no tratamento de transtornos de ansiedade e epilepsia, benzodiazepínicos acabam agindo contra a insônia por terem influência sobre o sistema nervoso central, promovendo estado artificial de relaxamento. Segundo o psiquiatra Marcelo Campos Castro Nogueira, essas drogas também produzem efeito sobre o centro de recompensa cerebral, desencadeando a liberação de substâncias que dão sensação de prazer. O mecanismo caracteriza um potencial gerador de dependência, que se torna maior com o uso crônico de benzodiazepínicos. — Outros riscos são o desenvolvimento de tolerância, quando é preciso quantidades cada vez maiores da substância para obter o efeito inicial dela, e de abstinência, quando a retirada da droga causa agitação e náuseas — explica Nogueira. Há 20 anos, a dona de casa Maria Nilza Moreira, de 56 anos, toma calmantes para dormir. Embora ela se sinta disposta ao acordar, médicos afirmam que os remédios reduzem os estágios profundos do sono, dando falsa impressão de descanso completo. Tiro sai pela culatra De acordo com a neurologista Christianne Martins, em longo prazo, o uso de benzodiazepínicos pode piorar a insônia, tornando-a crônica e mais difícil de tratar. — A mudança de hábitos de vida é o que realmente vai fazer diferença (contra a insônia), mas requer esforço, disciplina e paciência — diz a médica, explicando porque existe abuso no consumo desses medicamentos. Segundo o psiquiatra Marcelo Nogueira, benzodiazepínicos trazem efeitos colaterais como aumento do risco de quedas e acidentes, sedação excessiva e comprometimento da memória e das funções cognitivas. Boca seca e enjoos são outras prováveis consequências adversas. Pacientes que desenvolvem dependência são tratados com a descontinuação gradual do uso do remédio. Fonte: Extra |