Seguros para smartphones e tablets a partir de R$ 6,49 29/7/2013
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Dois meses após comprar um Samsung Galaxy S3, e ainda com várias parcelas do novo aparelho a pagar, o estudante Carlos Santos, de 25 anos, foi assaltado e perdeu o celular. O transtorno que poderia se arrastar por tempo indeterminado, ou até que ele pudesse adquirir um outro telefone, foi resolvido, no entanto, de forma simples: ele tinha seguro para smartphones e, depois de enviar alguns documentos e pagar a franquia, recebeu o mesmo modelo novinho em folha.
— Só fiz o seguro porque o aparelho era caro. Sou a prova de que a proteção vale a pena — conta Carlos.
O total de brasileiros interessados em seguros contra roubos e furtos para smartphones e tablets vem aumentando. A gerente de negócios da Zurich Seguros, Juliana Capuchinho, dá Seguro-desemprego vai subir 9%, diz ministro do Trabalho os números e aponta possíveis causas:
— O crescimento do mercado está muito associado ao aumento do poder de consumo da nova classe média e à necessidade de ela estar conectada. Em 2012, a demanda foi 50% maior do que em 2011.
A oferta do serviço é recente. Até 2011, quase nenhuma seguradora tinha cobertura para celulares. Maria Alice Corrêa, de 57 anos, foi uma das pioneiras no setor. Há mais ou menos dois anos, a artesã contratou seguros para ela e seus dois filhos, Danielle, de 24 anos, e Anderson, de 20.
— Quando ainda não tinha seguro, roubaram o celular do meu filho. Foi, então, que percebi que valia a pena o investimento — contou Maria Alice, que gasta cerca de R$ 20 por mês com os três seguros.
O professor da Escola Nacional de Seguros, José Varanda, acredita que o serviço pode ficar ainda mais barato:
— A tendência é que o custo diminua. A melhoria recente da segurança no Rio, aliada a um aumento da demanda, deve forçar a queda dos preços.
Entenda como funciona
Os seguros mais básicos cobrem roubo e furto qualificado dos aparelhos. Para proteções adicionais, como acidentes elétricos ou cobertura internacional, é preciso pagar um pouco mais. No caso de incidentes, o cliente deve avisar à empresa. Em seguida, é necessário enviar documentos como nota fiscal, uma carta relatando a história e um boletim de ocorrência obtido numa delegacia. Se o pedido for aprovado, ele ainda terá que pagar uma franquia para receber um aparelho idêntico ao anterior.
Hoje, as seguradoras tentam se proteger de um golpe bastante comum, mas difícil de ser combatido. Trata-se do registro de boletim de ocorrência de roubo quando o consumidor, na verdade, só perdeu o aparelho. A prática é criminosa, segundo o Código Penal, que prevê multa ou detenção, de um a seis meses, para quem fizer “comunicação falsa de crime”.
O custo do seguro fica em torno de 19% do preço do aparelho. No caso dos tablets, é preciso pagar cerca de 14% desse valor. Os percentuais são maiores do que o dos seguros de carros, que variam entre 2% e 10% do preço do veículo.
O professor José Varandas destaca que uma das diferenças desse seguro para os modelos comuns é que ele vale mesmo quando o aparelho segurado está em poder da família do usuário que contratou o serviço.
Fonte: Extra - Online