Operadoras vendem tecnologia 4G apenas para planos pós-pago e não têm previsão para clientes pré

Segundo as operadoras, não há previsão para a oferta na modalidade pré-paga. Só a TIM prevê pacotes pré 4G até o fim do ano Foto: Thiago Lontra / Agência O Globo/Extra

 

Uma tecnologia ao alcance de poucos, seja territorial ou financeiramente. A internet móvel 4G (Quarta Geração), lançada no Rio e nas outras cinco cidades-sede da Copa das Confederações no dia 30 do mês passado, está disponível apenas para clientes com planos pós-pagos e não há, segundo as operadoras, previsão para a oferta na modalidade pré-paga. Somente a TIM prevê o lançamento de pacotes pré-pagos 4G até o fim deste ano.

Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), os clientes pré-pagos correspondem, no Estado do Rio, a 74% do total de usuários da telefonia móvel. Não há números sobre a capital, mas, em geral, a minoria pós-paga também se repete nas cidades.

 

Para João Moura, presidente executivo da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (Telcomp), a oferta exclusiva em planos pós se explica pelo perfil de consumo dos usuários da internet 4G, que, por ser de cinco a dez vezes mais rápida do que a 3G (Terceira Geração), permite quantidade bem maior de dados, embora tenha menor cobertura indoor (em ambiente fechado).

— Essas pessoas preferem pacotes pós, para, inclusive, terem descontos nos aparelhos — disse.

Dane Avanzi, diretor do Instituto Avanzi, ONG de defesa dos consumidores de telefonia, concorda:

— Os planos pré-pagos são mais destinados para ligações e SMS.

 

Segundo a Anatel, a Resolução 477/2007 do Regulamento do Serviço Móvel Pessoal (SMP) diz que a oferta de planos pré-pagos é opcional para as operadoras.

Além do custo com planos, os clientes pré também precisarão investir em aparelhos compatíveis, que chegam a custar R$ 2.699, preço do Black Berry Z10 na TIM.