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Texto enviado ao JurisWay em 02/04/2013.
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A ansiedade é o transtorno mais comum em crianças, sendo duas vezes mais frequente que o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e que o autismo, tanto de forma isolada ou em conjunto. E vem aparecendo cada vez mais cedo, de acordo com o psiquiatra Fábio Barbirato, coordenador dos departamentos de Psiquiatria Infantil da Santa Casa de Misericórdia e da Associação de Psiquiatria do Rio de Janeiro.
Segundo ele, a Academia Americana de Psiquiatria Infantil, em um simpósio para profissionais, este mês, concluiu com base em estudos de 20 anos que a terapia cognitivo-comportamental é tão eficaz quanto medicamentos para tratar quadros de ansiedade, demorando um pouco mais para dar resultado, mas sem o efeito colateral das recaídas.
— O autismo e o TDAH são bem catalogados e incomodam os pais e as pessoas que convivem com a criança, já a ansiedade é internalizante e pode ser confundida com TDAH, birra e depressão — explica Barbirato, que na terça-feira inicia na Casa do Saber o curso “Mães e pais tigres – Rigidez e disciplina na educação dos filhos”.
— A ansiedade na infância pode predizer quadros de depressão, bipolaridade e pânico em adultos. A causa é genética, mas fatores de estresse antecipam os sintomas, que apareceriam só aos 15 anos para a idade da pré-escola — diz ele.
Espaço para brincadeiras
O acúmulo de tarefas dos pequenos pode ser um sinal de alerta de que alguma coisa vai mal. Escola, atividade física, música e inglês na idade pré-escolar é demais, segundo o psiquiatra, além de gerar ansiedade e uma competitividade desnecessária.
— Criança tem que brincar — diz.
Nos EUA um estudo de 2010 aponta 13% de ansiosos entre 6 e 16 anos, sendo que na década de 1980 esse índice era de 7,4%. No Brasil, dados de 2004 identificam 4,6% de crianças entre 6 e 12 anos com quadro de ansiedade e 6,6% de adolescentes entre 12 e 17 anos com o transtorno, sem dados comparativos anteriores.
Sintomas físicos
Em geral os sintomas da ansiedade em crianças são físicos, como dor de cabeça, febre, vômito, taquicardia, pesadelo. Mas variam de acordo com a faixa etária, e em adolescentes podem aparecer como irritabilidade. Na pré-escola são identificados medos mensuráveis, como não dormir no escuro ou não querer se afastar dos pais. A grande diferença entre o normal e o patológico é o prejuízo que a criança tem.
— Essa criança que, com 3 anos, tem medo de atravessar o corredor para ir ao banheiro, aos 4, 5 anos faz xixi na calça para não enfrentar o corredor — exemplifica o médico. — A vantagem é que hoje conseguimos diagnosticar e tratar isso muito precocemente, a partir dos 3 anos.