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Segundo uma pesquisa apresentada nesta terça-feira, no encontro anual da Sociedade Norte-Americana de Radiologia (RSNA, na sigla em inglês), mulheres entre 40 e 49 anos sem histórico familiar de câncer de mama estão tão sujeitas a terem a doença quanto aquelas com casos de câncer na família. Para os autores do estudo, essa descoberta demonstra que mulheres dessa faixa etária podem se beneficiar com exames anuais de mamografia.
Rita Dardes
Médica ginecologista e mastologista, e professora do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
"Acredito que toda mulher, independentemente do histórico familiar, deve fazer mamografia anualmente a partir dos 40 anos.
Embora pesquisas mostrem que o exame diminua mais a mortalidade da doença em mulheres acima de 50 anos, ainda assim o diagnóstico precoce é benéfico para esse grupo.
A mamografia pode ser prejudicial se for feita indiscriminadamente, ou seja, mais de uma vez ao ano ou em mulheres muito jovens. Isso se deve ao fato de que a radiação é acumulativa e pode ser fator de risco para cânceres e sua exposição for excessiva.
As mulheres com menos de 40 anos devem ser submetidas à mamografia se pretencerem ao grupo de risco da doença, mas geralmente após completarem 35 anos."
A pesquisa reacende o debate em torno da melhor idade e periodicidade para a realização da mamografia, já que o exame expõe as mulheres à radiação, que, em dosagem excessiva, pode estar associada ao câncer.
Em julho deste ano, o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG, sigla em inglês), recomendou que o exame fosse feito todos os anos por mulheres acima de 40 anos, seguindo as mesmas indicações da Sociedade Americana para o Câncer. A Força Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos (USPSTF, sigla em inglês), um painel com apoio federal, em 2009, afirmou, porém, que a mamografia feita antes dos 50 anos deveria ser uma escolha pessoal da mulher e, depois, deveria ser feita a cada dois anos.
O estudo — A pesquisa revisou os casos de câncer de mama diagnosticados entre mulheres de 40 a 49 anos que foram submetidas a mamografia no centro de diagnóstico Elizabeth Wende Breast Care, nos Estados Unidos, entre 2000 e 2010. Os pesquisadores compararam os números do câncer, incidência de doença invasiva e metástase em mulheres com e sem casos de câncer de mama na família.
Entre as 1.071 pacientes que desenvolveram câncer de mama, 373 foram diagnosticadas a partir da mamografia. Delas, 39% tinham histórico da doença na família e 61% não. Entre aquelas com histórico familiar, 63,2% tiveram câncer invasivo e 31% foram atingidas pela metástase. Já entre as mulheres que não tinham histórico familiar, 64% tiveram doença invasiva, e 29% metástase. "Descobrimos que mulheres dessa faixa etária possuem uma taxa significativa de câncer de mama, independente se apresentavam, ou não, histórico familiar da doença", diz a radiologista e uma das autoras do estudo, Stamatia V. Destounis. "Esse estudo demonstra a importância da mamografia anual para o diagnóstico da doença dessas mulheres na faixa dos 40 anos, mesmo sem casos da doença na família."
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