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Os preços das passagens aéreas no Brasil dispararam nos últimos meses e acumulam alta de 56,3% no ano até novembro. A variação é a maior da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em agosto de 2006. O reajuste das tarifas é quase dez vezes maior que a inflação medida pelo IPCA-15, que é de 5,95% no período.
“O preço das passagens aéreas vem pressionando a inflação nos últimos meses e tem subido bastante por fatores como aumento de renda, procura grande por voos e realização de eventos importantes em cidades como o Rio de Janeiro, que atraem grande volume de pessoas e aumentam a demanda por passagens aéreas”, afirmou ao iG Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de índices de preços do IBGE.
As tarifas de voos domésticos começaram a subir com intensidade a partir de setembro, quando houve alta de 23,4%. Em outubro, os preços subiram 14,2%, enquanto em novembro o avanço mensal foi de 4%. “O ritmo do aumento no preço de passagens aéreas tem perdido força, mas ainda permanece em patamar elevado”, disse a coordenadora.
O forte reajuste nas passagens ocorre após um primeiro semestre de redução significativa nos preços, resultado da disputa acirrada entre as empresas aéreas brasileiras por clientes, com destaque para TAM e Gol. “As companhias estavam com um nível de tarifas que não era mais sustentável, o que se refletiu no resultado das empresas no primeiro semestre”, afirmou André Castellini, especialista em aviação da consultoria Bain & Company. “O nível de tarifa média estava abaixo do que era necessário para ter algum lucro e continuar reinvestindo.”
Além da necessidade de recompor margens, o aumento de custos foi decisivo para levar as companhias a aumentar o preço das passagens. Castellini avalia que a alta do dólar e do petróleo, que voltou a operar próximo de US$ 100 por barril, pressionou as despesas operacionais das aéreas. “Esses fatores se manifestaram nas tarifas do terceiro trimestre e devem continuar a pressionar os preços das passagens neste final de ano e no ano que vem”, afirmou o consultor.
Para o primeiro semestre de 2012, Castellini estima aumento próximo de 10% na tarifa média em comparação a igual período de 2011. “Um reajuste dessa ordem de magnitude seria necessário para absorver o petróleo e o dólar no nível atual e levar as companhias a ter um resultado positivo”, afirmou.
Para Anac, preços recuaram 17,7%
Se os números coletados pelo IBGE apontam para uma alta recorde nos preços de passagens aéreas no ano até novembro, o levantamento feito pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) indica um recuo de 17,7% nas tarifas para voos domésticos no acumulado do ano até agosto.
Os resultados conflitantes, segundo a Anac, são explicados pela diferença de metodologia adotada. A Agência afirma que recebe das companhias aéreas um levantamento com o preço das passagens praticadas no mês, que é usado para compor a tarifa média para o período.
Já o IBGE informa que a coleta é feita com base na pesquisa de voos feita diretamente nos sites das companhias áreas e considera destinos turísticos comuns dentro do Brasil, de modo a refletir os preços pagos pelos consumidores em viagem de lazer. As consultas são feitas, em geral, um mês antes da data da viagem, mas em períodos de alta temporada, a coleta de preços é feita com dois meses de antecedência.
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