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No Brasil, uma em cada 10 mil pessoas tem fibrose cística. A incidência é maior na Região Sul, onde há uma maior concentração de descendentes europeus. De acordo com o estudo, “Nebulizadores: fonte de contaminação bacteriana em pacientes com fibrose cística?”, conduzido por Lorena Brzezinski, médica pneumologista da Universidade Federal do Paraná, em parceria com outros médicos, os tratamentos para pacientes com a doença incluem uso de medicações inalatórias, como broncodilatadores, DNase e antibióticos inalatórios.
Porém, os autores alertam que os nebulizadores domiciliares usados no tratamento podem ser uma fonte de infecção bacteriana das vias aéreas inferiores nesses pacientes. “Nem sempre os pacientes utilizam os nebulizadores adequadamente ou fazem sua desinfecção, o que pode causar deterioração na performance e contaminação bacteriana dos mesmos”, dizem.
Segundo eles, a medicação inalatória é essencial no tratamento desses pacientes, pois permite a aplicação de altas concentrações de medicamento no trato respiratório. “O desenvolvimento de terapias inalatórias é um avanço no tratamento desses pacientes, e novas terapias inalatórias vêm sendo desenvolvidas. Assim, o risco de contaminação dos nebulizadores pelo uso frequente em pacientes com fibrose cística colonizados com bactérias transmissíveis é maior”, afirmam os autores no artigo.
Segundo o estudo, publicado em junho deste ano no Jornal Brasileiro de Pneumologia, a recomendação é que os nebulizadores sejam limpos, desinfetados, enxaguados e secos após o uso, além de trocados regularmente, para combater a contaminação bacteriana.
“Os aparelhos podem ser higienizados de várias formas, e uma maneira eficaz é utilizar diariamente uma solução de 1 L de água com 5 mL de hipoclorito de sódio por 20 min, seguido de secagem do equipamento”, ensinam na publicação.
Porém, dos 28 pacientes avaliados, 22 não seguiam as técnicas de desinfecção dos nebulizadores, e sete não realizavam qualquer técnica de limpeza.
Após a análise das amostras, obtidas do reservatório do nebulizador, da máscara/bocal e do próprio paciente (escarro), os pesquisadores verificaram, no entanto, que não houve uma associação entre a presença de bactérias nos pacientes e nos nebulizadores.
Contudo, eles reforçam que técnicas de limpeza devem ser observadas sempre já que outros estudos mostraram que nebulizadores de uso domiciliar estão frequentemente contaminados, principalmente quando a limpeza é inadequada, e que podem ser uma fonte de infecção ou reinfecção bacteriana.
“Não houve associações entre os tipos de bactérias encontradas no escarro/orofaringe dos pacientes e nas peças (máscara, bocal e copo) dos nebulizadores, provavelmente pela avaliação pontual e não contínua dos mesmos, além do número pequeno de pacientes avaliados”, explicam.