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Fuga do risco: incertezas levam investidores a ativos seguros e "reais

Fonte: Infomoney 9/8/2011

Texto enviado ao JurisWay em 09/08/2011.

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Por: Diego Lazzaris Borges

 
SÃO PAULO – As bolsas mundiais seguem ladeira abaixo neste início de semana. O corte de rating (classificação de risco) dos Estados Unidos, anunciado na última sexta-feira (5) pela agência Standart & Poor's, após o encerramento dos mercados – com claro intuito de acalmar os ânimos dos investidores durante o final de semana – caiu como uma bomba nesta segunda-feira (8) e afetou as principais bolsas do globo.

A bolsa brasileira, como de costume, foi uma das mais influenciadas. De acordo com o professor do Labfin – FIA (Laboratório de Finanças da Fundação Instituto de Administração), José Roberto Savóia, neste momento de grandes temores e incertezas, os investidores tendem a sair dos ativos de maior risco, como o investimento em ações, e buscar opções mais seguras. “É o que chamamos de fuga para a qualidade”, afirma Savóia.

Segundo ele, principalmente entre os grandes investidores, existe um movimento para ativos mais sólidos e considerados seguros, como o ouro e a prata. “Entre as commodities, o ouro é o ativo mais buscados em tempos de incerteza, seguido pela prata”, diz.

Prova disso é a grande valorização do ouro nos últimos dias. “Hoje, a onça troy (unidade de medida do ouro, equivalente a 31,104 gramas) está cotada a US$ 1.700. É o maior preço de toda a história”, afirma o diretor da OMDTVM, Roselito Soares.

Segundo o professor do Labfin, os grandes investidores também continuam em busca de títulos públicos, inclusive os títulos do tesouro norte-americano, que tiveram a classificação de risco rebaixada. "A despeito do downgrade, eles ainda continuam sendo os ativos mais demandados. Nestes últimos 30 dias, os leilões de títulos públicos norte-americanos não foram afetados por estes problemas", diz.

Imóveis
Também considerado um investimento sólido e seguro, os imóveis costumam ser uma alternativa para muitos investidores em momentos de grande turbulência.

Entretanto, de acordo com o professor do Labfin, não deve haver uma grande migração para os investimentos em imóveis neste momento, já que os preços estão em um patamar considerado alto. “Diferente do que aconteceu em 2008, atualmente os imóveis estão em um outro nível de preços”, aponta Savóia.

Pessoas físicas
De acordo com o professor do Labfin, a fuga de investimentos em bolsa para ativos mais tangíveis geralmente acontece entre os investidores de grande porte. Os pequenos investidores de varejo costumam partir para investimentos de renda fixa, que garantam segurança e boa liquidez. “Neste momento, para os pequenos investidores, os títulos do Tesouro Direto são a opção mais interessante”, afirma Savóia.

Segundo ele, a tendência é que os investidores “fujam” para estes investimentos para ganhar tempo e analisar a melhor opção dentro de alguns meses. “Daqui há dois, três meses, o investidor pode olhar com mais calma o horizonte e identificar os melhores investimentos”, diz.

Os investimentos em ações podem, inclusive, ser boas opções. "Quando esta fase passar, começará um redirecionamento para mercados com preço defasado. Ou seja, podem existir ações de grandes empresas, que sejam bons investimentos de longo prazo, e que estão com preços baixos", afirma o professor.

O operador da OM concorda que, no Brasil, as pessoas ainda não estão muito acostumadas a comprar ouro como investimento. “Nós estamos mudando o conceito do brasileiro. Tentamos mostrar para o investidor que ter uma fatia das reservas em ouro é uma garantia de segurança, uma maneira de proteger o patrimônio”, diz Soares.

A crise de 2008
Este movimento de maior procura por ativos seguros e tangíveis, em detrimento dos investimentos em ações, também foi visto na crise de 2008. De acordo com dados do Merrill Lynch Wealth Management, em 2006 e 2007, 30% e 31%, respectivamente, dos ativos de investidores de altíssimo poder aquisitivo estavam em ações.

Já em 2008, ano que marcou a crise financeira global, este número recuou para 25%. Ao mesmo tempo, os investimentos em Real State (bens imóveis), que respondiam por 14% do total em 2007, aumentaram para 18% no ano seguinte.



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