Últimos artigos
Questões Polêmicas Na Sociedade De Consumo É Tema De Congresso Da Adeccon07/12/2011
Justiça Obriga Celpe, Compesa e Oi a Oferecerem Seis Opções de Data de Vencimento das Faturas07/12/2011
Procons iniciam Operação Natal Legal e reforçam fiscalização no varejo07/12/2011
Mantega: população deve pechinchar e exigir desconto maior que o da redução de impostos07/12/2011
Casa própria: comprador deve se preparar para gastos com escritura e impostos07/12/2011
Regulamentação de microsseguros irá atrair novo público e criar produtos07/12/2011
Inmetro garante a qualidade de produtos importados30/11/2011
Sites na mira da Polícia30/11/2011
Quer pagar quanto pela luz?30/11/2011
Férias: consumidor não é obrigado a aceitar pacote de diárias em hotel30/11/2011
Sucateamento da indústria brasileira é real, avalia economista em audiência
O Brasil está correndo o risco de se tornar mero exportador de commodities e, nessa condição, deixar de gerar empregos de qualidade e de obter novos avanços sociais
O Brasil está correndo o risco de se tornar mero exportador de commodities e, nessa condição, deixar de gerar empregos de qualidade e de obter novos avanços sociais. O alerta foi feito pelo economista José Carlos de Assis em audiência promovida pela Subcomissão Permanente em Defesa do Emprego e da Previdência Social nesta terça-feira (2). Para o economista, o perigo de sucateamento do parque industrial brasileiro é real porque as grandes nações capitalistas estão estagnadas e precisam desovar excedentes produtivos nos países subdesenvolvidos e, em especial, nos emergentes.
- O que temos são as três forças tradicionais que puxavam o capitalismo para frente, tanto com exportações quanto com importações, voltando agora somente para exportar - observou, ao analisar as economias dos Estados Unidos, Europa e Japão.
José Carlos de Assis, que preside o Instituto de Estudos Estratégicos para a Integração da América do Sul (Intersul), foi um dos expositores de debate sobre a questão do emprego no contexto da crise mundial. A discussão é parte de ciclo de debates sobre a integração da América do Sul, proposto pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que preside a subcomissão integrada à Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Na avaliação do economista, o quadro se complica porque a China e países asiáticos exportadores continuam pressionando o mercado internacional com seus produtos. Por isso, ele considera que as perspectivas são "apavorantes" para os países da América do Sul, que podem ficar de fora do mercado internacional e, sem condições de resguardar o próprio mercado doméstico, serem "afogados" por importados.
De acordo com o economista, o contexto estimula uma mudança na divisão internacional do trabalho, em que os países em desenvolvimento podem almejar no máximo a exportar commodities. Ainda assim, assinalou que a China enfrenta inflação e vem nos últimos meses desacelerando sua economia. Por isso, o esforço exportador do baseado na venda de commodities minerais e agrícolas para o mercado chinês pode igualmente fracassar.
- É uma perspectiva muito complicada e precisamos compreender isso para tentar uma saída estratégica - comentou Assis.
Para o economista, já não basta ações para corrigir a desvalorização cambial, terreno em que o Brasil teria demorado a agir e ainda estaria tendo escrúpulo para adotar medidas mais firmes. Também disse que os sul-americanos não podem reagir contra o dumping de importações (importados abaixo de custo) com barreiras comerciais de forma isolada, pois seriam condenados pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
A solução possível e de médio prazo seria a formação de um bloco comum de desenvolvimento (não apenas comercial) no continente, com incentivos de cada governo a investimentos que favoreçam a integração de, no mínimo, dois países. A Intersul está trabalhando em projeto para ser oferecidos aos parlamentos dos diferentes países, nesse momento colhendo sugestões de empresários e trabalhadores.
Fonte: Agência Senado
Autor: Gorette Brandão
Revisão e Edição: de responsabilidade da fonte
Nossas notícias são retiradas na íntegra dos sites de nossos parceiros. Por esse motivo, não podemos alterar o conteúdo das mesmas até em casos de erros de digitação.