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Patricia Knebel
Os sites de compras coletivas proliferam no Brasil, aumentam o número de cidades atendidas e diversificam as ofertas. Tudo para conseguir conquistar novos e fiéis consumidores e, assim, garantir um retorno financeiro para as suas operações e para as empresas anunciantes. "Esse é um negócio claramente rentável e a única coisa que acaba influenciando o resultado final são os pesados investimentos em marketing que são feitos", afirma o diretor-geral do Groupon, Benjamin Gleason.
Passado o primeiro período de febre por esses sites - que já são mais de mil no Brasil - as atenções começam a se voltar para os desafios que esse modelo de negócios apresenta para continuar em alta. E na sua capacidade de retorno a todos os envolvidos.
Os Estados Unidos, onde esse modelo surgiu há alguns anos, já possuem uma maior maturidade nesse tipo de operação. Ainda assim, de acordo com a empresa BIA Kelsey, que assessora players da indústria de mídia, a previsão é que em 2015 o mercado de compras coletivas fature US$ 6,1 bilhões, contra os US$ 873 milhões de 2010. O country manager da Groupalia no Brasil, Henrique Iwamoto, observa que a empresa está desenvolvendo um forte trabalho de expansão da sua operação. "Praticamente dobramos as cidades em relação ao ano passado e esperamos, nos próximos dois meses, chegar a 20", diz.
No início de abril, o site recebeu um aporte de € 11,25 milhões, ampliação de capital realizada em conjunto com os atuais acionistas da empresa e três fundos de capital de risco americanos e europeus - General Atlantic, Insight Venture Partners e Index Ventures. Com isso, a empresa espanhola espera ultrapassar os € 100 milhões de faturamento em 2011, valor que representa 16 vezes a receita de 2010. A Groupalia está presente em mais de 6 milhões de usuários e tem presença em oito países.
Iwamoto revela que hoje cerca de 70% das empresas anunciantes são de pequeno porte, como restaurantes, clínicas estéticas e veterinárias. Mas destaca a adesão cada vez maior, por exemplo, de grandes complexos no País e no mundo da rede hoteleira.
Iwamoto diz que a empresa orienta os anunciantes sobre a melhor forma de estruturar as suas ofertas.
"Trabalhamos de forma consultiva e a taxa de retorno dos nossos parceiros tem sido bem alta", diz. Segundo ele, essa não é uma ferramenta de marketing para ser usada toda semana, até mesmo porque as empresas precisam de um tempo para conseguir atender todos os pedidos. O executivo revela que o anunciante pode e deve determinar o número de pessoas que tem condições de atender.
Gleason, diretor-geral do Groupon, acredita que, no médio prazo, o segmento de compras coletivas no Brasil será dominado pelos sites de maior porte, que captarão 80% a 90% das demandas dos consumidores. Da mesma forma, ele aposta na segmentação, que inclusive já vem acontecendo nos últimos meses. "É uma tendência a aproximação de marcas fortes no País com players com reputação nesse segmento de compras online", diz. O próprio Groupon, que é líder no Brasil com mais de 10 milhões de usuários cadastrados, firmou parceria recentemente com a Claro. Com isso, a operadora ofertará produtos e serviços a preços agressivos, que é uma das principais características dos sites de compras coletivas.
Na esteira da segmentação, o Sport Club Internacional também anunciou recentemente o Rede Colorada, que pode ser acessado através do endereço www.redecolorada.com.br. O mesmo movimento vem acontecendo por áreas geográficas - como ofertas para a zona Sul ou zona Norte de determinada cidade.