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A Páscoa está chegando e a queda na cotação do dólar traz uma boa notícia para quem gosta de bacalhau: o produto está até 15% mais barato este ano nas grandes redes varejistas. Além do câmbio, as negociações diretas de grandes grupos varejistas e os produtores no exterior tornarão pratos como o famoso bacalhau à Gomes de Sá mais presentes na mesa do baiano. Este ano, a expectativa é que a venda do produto aumente em até 20%.
De acordo com o IPCA, que mede a inflação oficial, o produto apresentou deflação de 0,30% em fevereiro. Ou seja, o preço caiu. Mas não foi o único. No caso do azeite de oliva, a queda foi de 1,25% no período. “Gente, baixou”, espantou-se Vera Rio, 48 anos, diante do preço do produto. E olhe que, em se tratando de Páscoa, preço não é o mais importante para a analista de sistemas. O almoço tradicional costuma reunir de 20 a 25 pessoas. “Tem que ter de tudo, principalmente os ovos para as crianças. Ainda que elas nem sejam mais tão crianças”, brinca.
Mesmo levando em conta que o preço não é o mais importante no período, o produto escolhido costuma ser o mais barato. Entre a lâmina, o filé e o produto congelado, costuma optar pelo último. “É fresco, não é salgado, é até mais fácil de fazer”, diz.
De acordo com o diretor de operações da Perini, Roberto Adami, o preço do bacalhau este ano está mesmo mais barato no estabelecimento. “No nosso caso, a redução é em torno de 10%”, diz. Segundo ele, o cenário da rede é atípico porque sempre trabalhou com muitos produtos importados. “Nossos preços já eram atrativos antes porque temos o perfil da importação direta, sem passar por atravessadores”, explica Adami.
Este ano, a rede espera um aumento de 20% nas vendas, em comparação com Páscoa passada. “Estamos preparando um encarte promocional”, avisa Adami. Isso mesmo no caso dos azeites e vinhos importados, que não devem ter variação de preços por conta do câmbio. “São compras que nós fazemos com antecedência, então isso só deve ser repassado quando o próximo estoque entrar”.
Noruega - Mas a Perini não é a única a trabalhar com a compra direta. O grupo Walmart ampliou as compras nesta modalidade este ano. “A empresa fez uma negociação com o governo da Noruega e comprou um milhão de quilos de bacalhau a mais em relação ao ano anterior”, diz o vice-presidente de supermercados do Walmart Brasil, Eduardo Laranja, em comunicado enviado pela assessoria de imprensa. Com isso, o produto inteiro ou desfiado chega às mãos dos clientes 15% mais barato este ano.
A atratividade do Extra está no Grupo Pão de Açúcar, que se apresenta como o maior importador de bacalhau do País. Este ano, a expectativa é de uma redução de 10% para estimular o consumidor a comprar mais do produto. Ao que parece, o consumidor aprovou a ideia.
“Eu e minha irmã fazemos a ceia juntas porque o tempero dela é incrível”, diz a auxiliar de enfermagem Marina Santana Silva, 52 anos. “É tanta coisa. E a gente compra sempre para sobrar”, avisa. O que chamou mesmo a atenção foi o quilo do produto desfiado: R$ 18,75. “Vai ser tanta tortinha e frigideira”, ri.
Para o economista Nei Cardim, um fator para o controle do preço do bacalhau está na demanda. “Ainda é um produto mais consumido pelos ricos e quem faz demanda no Brasil é o pobre”, avalia.