Últimos artigos
Questões Polêmicas Na Sociedade De Consumo É Tema De Congresso Da Adeccon07/12/2011
Justiça Obriga Celpe, Compesa e Oi a Oferecerem Seis Opções de Data de Vencimento das Faturas07/12/2011
Procons iniciam Operação Natal Legal e reforçam fiscalização no varejo07/12/2011
Mantega: população deve pechinchar e exigir desconto maior que o da redução de impostos07/12/2011
Casa própria: comprador deve se preparar para gastos com escritura e impostos07/12/2011
Regulamentação de microsseguros irá atrair novo público e criar produtos07/12/2011
Inmetro garante a qualidade de produtos importados30/11/2011
Sites na mira da Polícia30/11/2011
Quer pagar quanto pela luz?30/11/2011
Férias: consumidor não é obrigado a aceitar pacote de diárias em hotel30/11/2011
Mais de 6 em cada 10 acham serviços públicos ruins e dizem que não querem taxas maiores
O brasileiro já está cansado de ouvir que a carga tributária do país é alta e que os serviços públicos oferecidos a partir dos impostos pagos são de má qualidade. Uma pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgada nesta quarta-feira (16) mostrou exatamente isso: 6 em cada 10 contribuintes não querem mais tributos.
O estudo Retratos da Sociedade Brasileira: Qualidade dos Serviços Públicos e Tributação ouviu 2.002 pessoas em 140 cidades brasileiras no final do ano passado. Destes, 64% disseram não concordar com possíveis aumentos nas taxas para que os governos possam manter os serviços sociais.
A grande maioria dos brasileiros acredita que a arrecadação atual do governo é mais que suficiente para melhorar a qualidade da educação, da saúde e de outras áreas.
Mais de 8 em cada 10 concordam com a afirmação de que “o governo já arrecada muito e não precisa aumentar mais os impostos para melhorar os serviços públicos”.
Para quase 9 em 10 (ou 87% dos entrevistados), os impostos são “elevados” ou “muito elevados”. Só 7% da população (ou menos de 1 em 10) afirma que os impostos são “adequados”.
A pesquisa ainda mostrou que quanto mais o trabalhador ganha, mais ele sente os tributos: entre os que tinham renda familiar acima 10 de salários mínimos (mais de R$ 5.100 pelo salário mínimo do ano passado), 97% consideraram os impostos “muito elevados” ou “elevados”.
A percepção de 79% dos entrevistados foi de que os impostos “aumentaram muito” ou “aumentaram um pouco” nos últimos anos. Outros 12% acham que eles “nem aumentaram, nem diminuíram”. Apenas 3% acham que os impostos “diminuíram um pouco” e nenhum entrevistado optou por “diminuiu muito”.
Serviços públicos
A CNI ainda quis saber qual era a aprovação das pessoas em relação a 12 tipos de serviços públicos.
Só quatro têm a aprovação dos contribuintes. Fornecimento de energia elétrica, fornecimento de água, iluminação pública e educação superior são os únicos considerados de qualidade adequada pela população.
Fornecimento de energia elétrica é aprovado por 75% dos entrevistados que responderam à questão, sendo que para 18% o serviço é de “alta” ou “muito alta” qualidade. Fornecimento de água é aprovado por 66%; iluminação pública, por 61%; e educação superior, por 52%.
A limpeza urbana é aprovada por 50% dos entrevistados que responderam à questão, ou seja, mesmo percentual dos que consideram o serviço de “baixa” ou “muito baixa” qualidade.
Os outros sete tipos de serviços são considerados de “baixa” ou “muito baixa” qualidade por mais da metade da população. Postos de saúde e hospitais e segurança pública são considerados de “baixa” ou “muito baixa” qualidade por 81% e 72% das pessoas, respectivamente.
A pesquisa foi realizada em parceria com o Ibope entre 4 e 7 de dezembro de 2010. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o grau de confiança, 95%.