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Para ministro Edison Lobão, combustível só aumentar[a por aqui caso barril passe de R$ 200
O governo diz que ainda não trabalha com a possibilidade de deixar a gasolina mais cara por causa dos conflitos internos na Líbia, um dos maiores exportadores de petróleo do mundo. Mas os preços vêm aumentando sem parar desde meados de fevereiro e, caso o preço do barril suba demais, o brasileiro vai acabar vendo os combustíveis subirem nos postos.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta segunda-feira (28), que o governo está monitorando o conflito no Oriente Médio. Na semana passada, o barril chegou perto dos R$ 200 (em torno de US$ 119,79). Nesta segunda, o barril variou entre R$ 160 (US$ 96) e R$ 184 (US$ 111).
As conversões foram feitas pela reportagem do R7 a partir do valor do dólar e do real nesta segunda (US$ 1 valendo R$ 1,66).
Os preços começaram a subir sem parar desde o dia 14 de fevereiro, quando os primeiros protestos começaram no país árabe no norte da África. Na Líbia, a população pede a saída do ditador Muamar Gaddafi, que está no poder desde os anos 1970.
O Brasil compra a maior parte de seu petróleo da Arábia Saudita, o maior produtor da matéria-prima no mundo. O governo saudita disse hoje que aumentou sua produção entre 500 mil e 600 mil barris, para 9 milhões de barris por dia, para evitar a escalada dos preços.
Lobão disse que só avalia elevar preços caso o preço do petróleo no mercado externo atinja patamares superiores a US$ 110 ou US$ 120 o barril, ou algo “por aí”, disse ele.
José da Costa Carvalho Neto, presidente da Eletrobras, afirmou que os preços da gasolina nos postos ainda estão sob controle.
- A questão do preço interno na bomba está há dois anos sem alteração. E a alteração que foi feita foi para menos. Não foi para mais. Nós só vamos pensar em reajuste se o preço ficar acima de determinados limites.
Mercado de óleo
O petróleo é um tipo de produto negociado em um mercado chamado futuro. Nesse “comércio”, o que define o preço é a confiança do investidor e as expectativas dele sobre como os preços podem estar dentro de um prazo determinado. Como os preços aumentaram vertiginosamente, a confiança dos investidores não parece muito boa.
O analista John Kilduff, da corretora Again Capital, disse que os investidores passaram o dia agitados, tentando verificar o que ocorrerá com os “eventos no Oriente Médio”.
O barril de óleo cru extraído do Mar do Norte para entrega em abril fechou o dia em R$ 185,58 (US$ 111,80) na InterContinental Exchange de Londres (a Bolsa equivalente à nossa BM&F), menos do que o resultado da sexta-feira (25).
No Nymex (New York Mercantile Exchange), nos Estados Unidos, o barril do petróleo cru do Texas para entrega em abril caiu US$ 0,91, para R$ 160,97 (US$ 96,97).
Na Líbia, a oposição iniciou a retomada das exportações de petróleo do leste do país. As principais jazidas já não estão mais na mão do ditador Gaddafi.
A Líbia é um dos 12 membros da Opep (que ainda tem Angola, Arábia Saudita, Argélia, Equador, Emirados Árabes, Irã, Iraque, Kuwait, Nigéria, Qatar e Venezuela), organização que fabrica mais de 40% de todo o óleo consumido no planeta.
De acordo com a AIE (Agência Internacional de Energia), a Líbia produz 1,6 milhões de barris de petróleo por dia. Apenas no mercado europeu, a Líbia é responsável por 10% do abastecimento. A Itália é sua maior compradora.
A atividade petrolífera é fundamental para a economia líbia, representando quase todas as suas exportações (95%) e um quarto de todas as suas riquezas (ou 25% de seu Produto Interno Bruto).
A própria Opep afirmou ontem que os conflitos não seriam suficientes para causar escassez do produto.