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 Defesa do Consumidor
 

Ter um leque de cartões requer cuidado especial

Fonte: O Dia Online 1/3/2011

Texto enviado ao JurisWay em 01/03/2011.

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Oferecido nas lojas e atrativo por garantir descontos, dinheiro de plástico é vantajoso para quem controla datas de pagamento

MICHEL ALECRIM

Rio - Ao entrar numa loja, em vez de ofertas de produtos, muitos consumidores já recebem de cara proposta de cartão de crédito da própria rede. A adesão é sedutora, já que garante descontos exclusivos e melhores condições de parcelamento em relação aos clientes comuns. No entanto, o acúmulo de vários cartões desse tipo pode trazer problemas se a pessoa não souber administrá-los.

Segundo levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), os cartões de loja foram a modalidade que mais cresceu no País no ano passado. Já são 225 milhões deles, o que significa crescimento de 15% ao ano. O volume é bem maior do que o dos tradicionais, que ainda são R$ 153 milhões.

A micro-empresária Assunção Vieira, 62 anos, conta que opta pelo crédito das próprias lojas ou supermercados porque assim distribui ao longo do mês as datas de vencimento, já que recebe em dias diferentes. Seu segredo é aproveitar os descontos oferecidos aos clientes, mas evitar usar todo o limite. “Já tive uma vez que fazer um empréstimo para pagar os cartões. Depois eu passei a me controlar”, conta a consumidora de Niterói.

O uso correto do cartão pode ser benéfico para consumidor, se além de pagar integralmente a fatura aproveitar liquidações e ofertas exclusivas. Ao adquiri-lo, a pessoa precisa verificar a tarifa cobrada. Apesar de normalmente não ter anuidade, muitos cobram taxa na fatura. Outros não cobram a mais, se o pagamento for na loja.

O economista Patrick Klapztein explica que esse tipo de cobrança pode encarecer a compra, principalmente se o parcelamento for muito longo. Uma compra no valor de R$ 150, por exemplo, pode parecer muito vantajosa em 10 vezes de R$ 15. Entretanto, se a tarifa for de R$ 5 é como se o consumidor estivesse pagando 3,33% por mês. A mesma compra teria custo adicional de 2,67% em caso de cobrança de R$ 4 por fatura. “O ideal é a pessoa evitar o pagamento dessas tarifas e pagar na loja”, aconselha.

Outro detalhe importante é atentar para a data de vencimento, já que a maioria das lojas abre nos fins de semana e feriados. Caso a data caia num desses dias e o pagamento for feito no dia útil, há cobrança de multa e juros.

Dica é manter o controle

O especialista em finanças Max Monteiro, professor da Abecs, recomenda que os consumidores planejem primeiro seu orçamento e nunca gastem tudo o que sobra em compras. O ideal é fazer economia com metade desse valor e deixar a outra parte para as prestações. “Esses cartões têm muitas vantagens, mas quem possui vários corre o risco de perder o controle”, alerta ele.

A orientadora pedagógica Vandinalva Vidal Barreto, 42 anos, concorda com a lição. Apesar de ter dois cartões de crédito normais e outros de loja, nunca usa todo o limite. “É bom quando vejo uma promoção e estou sem dinheiro. Passo o cartão. Mas sou consciente”, explica.

Atraso custa caro aos consumidores

Controlar os gastos com a coleção de cartões de loja é importante não só para evitar o endividamento. Como eles cobram as mesmas taxas de juros dos tradicionais, em torno de 12% ao mês, o atraso pode ser perigoso. O vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel de Oliveira, explica que essas dívidas dobram em seis meses. Segundo ele, no caixa o consumidor deve evitar parcelamentos com acréscimo, que são os primeiros a serem oferecidos, e optarem pelos sem juros, mesmo que em número menor de parcelas.

“Ao contrário dos cartões tradicionais, nos de loja não há um registro junto ao Banco Central do crédito oferecido. Há risco de as pessoas estarem tendo limite acima do que podem pagar. Isso é ruim para o próprio sistema financeiro. O consumidor é que tem que ter juízo”, alerta.

De Lupa

DESCONTOS — Clientes com cartões de loja conseguem às vezes preços menores e pagam em maior número de parcelas. Até em época de liquidação, também podem ter desconto extra.

DESCONTROLE — A posse de vários cartões pode ser um risco para os consumidores. Comprar além do que pode pagar acarreta endividamento e cobrança alta de juros.




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