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 Defesa do Consumidor
 

Carne de boi será artigo de luxo na mesa do brasileiro, avisa produtor

Fonte: Estado de Minas - Online 11/2/2011

Texto enviado ao JurisWay em 14/02/2011.

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Fábio Monteiro

 

Os preços da carne bovina vão continuar subindo no varejo, avisam os produtores. Eles informam que suas tabelas manterão a trajetória de alta recorde de 2010, em razão da forte demanda mundial e do crescente aumento dos custos de produção. Em reforço a essa tendência, a pecuária nacional está mudando o perfil produtivo para atender exigências ambientais, sanitárias e trabalhistas da clientela internacional. "O bife de boi está deixando de combinar com o prato do brasileiro, com arroz e feijão, e se tornando um artigo de luxo", admite Ademar Silva Júnior, vice-presidente de Finanças da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Curiosamente, a entidade sugere uma mudança ainda maior no cardápio do brasileiro, de modo a incluir mais peixe, porco e cordeiro.

O diretor da CNA explica que os pecuaristas do país estão buscando melhorar as margens de faturamento tendo por base a demanda de mercados melhor remunerados, sobretudo a União Europeia (UE). Por outro lado, a contínua elevação da renda vem levando o próprio consumidor nacional a optar por cortes nobres de carne bovina e a experimentar outras proteínas animais, especialmente aves. "A elevação dos preços é, portanto, uma realidade de mercado, que escapa ao nosso controle, assim como a taxa de câmbio e as cotações de commodities agrícolas", assinala Silva. O diretor sustenta, contudo, que a maior parcela dos lucros com o encarecimento da carne vermelha fica com o varejo. Além disso, os ganhos dos exportadores no ano passado foram limitados pelo real forte.

As famílias que tradicionalmente têm a carne vermelha como a principal em suas dietas devem enfrentar problemas em breve. Segundo Antenor de Amorim Nogueira, presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte, coordenado pela CNA, a transição entre modelos produtivos vai implicar em mais investimentos e obediência de regras rígidas de importadores. Ele insiste também que a disparada de preços de insumos, como soja e minerais para a alimentação do gado, que subiu até 100% nos últimos 12 meses, teve especial impacto nos preços da carne in natura.

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Líder mundial em produção e exportação, o setor de carnes do Brasil também quer melhorar a sua imagem ainda afetada por questões sanitárias de 2006. Nesse sentido, a CNA anunciou a realização de megaevento internacional no Mato Grosso do Sul em junho, dentro de uma investida de marketing de empresários, entidades e governos para recuperar a imagem do setor de carnes, ainda desgastada pela ocorrência de febre aftosa (2006). Segundo Antenor Nogueira, da CNA, os produtores de carne vêm seguindo nos últimos anos a estratégia de consolidar padrões elevados de qualidade e sustentabilidade como marcas do Brasil, rumando para uma produção mais contida, cada vez mais baseada em currais (intensiva) e menos em pastos (extensiva).

A CNA informa que o confinamento no país deve subir ao longo deste ano de 2 milhões para 3 milhões de bovinos. O número ainda é pequeno para o tamanho do rebanho brasileiro, o maior do mundo com 200 milhões de cabeças. Antenor Nogueira descarta pressão maior sobre os preços domésticos em razão da demanda externa, que representa só 18% da produção brasileira. “Podemos facilmente produzir mais para exportar à Europa, tão logo aumentem as quotas para o Mercosul. Saltaríamos com rapidez de 44 mil toneladas para 210 mil exportadas”, sustenta.
(Com Paula Takahashi)



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