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No Sudeste, a tendência de aumento de incidência de raios ainda não pode ser quantificada, mas ficará acima da média registrada nos últimos anos, segundo o Elat. Para se ter uma ideia do que isso representa, o Grupo disponibilizou ao G1 os totais de raios que atingiram a região em 2007, 2008 e 2009. Em 2007, foram 3.851.752 raios. O número passou para 10.501.227, em 2008. Em 2009, o dado permaneceu praticamente inalterado: 10.520.641, em um ano.
Dois fatores podem contribuir para o aumento na incidência de raios, segundo Osmar Pinto Junior, coordenador do Elat. “Um fator claro é o crescimento dos centros urbanos e grandes cidades. Grandes centros urbanos favorecem tempestades, por causa da poluição e da formação de ilhas de calor – o aquecimento de uma região por causa do asfalto e da quantidade de prédios, que dificultam a circulação do ar. Outro fator é o aquecimento global do planeta, que também influencia no aumento de tempestades”, afirma.
Além desses aspectos, de acordo com o especialista, o clima tem um ciclo extenso de variabilidade que dificulta sua documentação e previsões a longo prazo.
Formação dos raios
De acordo com Pinto Júnior, os raios ocorrem em meio a tempestades severas, com ventos e precipitações intensas. Isso porque as nuvens de tempestade possuem partículas de gelo que, ao se chocarem, ficam carregadas eletricamente. Essas cargas, acumuladas, geram descargas elétricas, que são os raios.
“Se uma nuvem não tem gelo, não produz descarga. E só há gelo em nuvens que ultrapassam os 6 km ou 7 km de altura, no Brasil. As mais baixas causam chuvas, não raios”, afirma.
Nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, ainda de acordo com o especialista, as tempestades são mais comuns no verão. Já no Sul e no Norte, os picos de raios acontecem na primavera. “As tempestades se formam a partir de choques de massas de ar que se movem no planeta, e a circulação dessas massas tem características peculiares em cada região do país e do mundo”, explica.
Segundo o meteorologista José Felipe Farias, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, do Inpe, temperaturas elevadas funcionam como “combustível para alimentar tempestades, que ficam mais severas, com nuvens mais carregadas”, diz. Dentre as 1.321 mortes registradas entre 2000 e 2009, 29% ocorreram no Sudeste; 19%, no Centro-Oeste; 17%, no Norte; 18%, no Nordeste; e 17%, na Região Sul.
Áreas mais suscetíveis
A região da Amazônia, próxima ao Equador, é bastante quente e, portanto, está sujeita aos choques de massas de ar de hemisférios diferentes, que podem levar a uma maior incidência de raios. Além disso, a região deve sofrer com o maior acréscimo de temperatura ao longo desse século, no Brasil, de acordo com o Elat. “É uma região que já tem grande incidência de raios e, com esse aumento, tende a ter ainda mais ocorrências”, diz Pinto Júnior.
Cuidados
O Elat recomenda que, em dias de temporais, as pessoas se afastem de postes de iluminação, árvores, cercas de arame farpado e, se estiverem na água (praia ou piscina), saiam imediatamente ao menor indício de raios ou trovões, já que a água é altamente condutora de eletricidade.
Outra dica é evitar falar ao telefone, principalmente os fixos com fio, já que o fio pode transportar a corrente elétrica de um raio. Além disso, evite usar telefone celular na rua quando houver raios.
Em caso de raios, o maior perigo, de acordo com o Elat, é ficar em locais descampados, como campos de futebol, pastagens e estradas, por exemplo. Procurar abrigo debaixo de árvores, no entanto, é um erro bastante comum e pode ser fatal. Se não for possível entrar em uma residência, o melhor é ficar agachado no chão, com as mãos na nuca e os pés juntos.
Se for possível, entre em um automóvel ou ônibus e tente manter as janelas fechadas. Ficar dentro de objetos metálicos fechados (como carros, ônibus e aviões) é seguro, porém ficar do lado de fora destes objetos é perigoso.
(Fonte: RPC / G1)