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Frutas típicas do Natal já decoram sacolões e melhoram os negócios

Fonte: Estado de Minas - Online 29/11/2010

Texto enviado ao JurisWay em 29/11/2010.

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Paula Takahashi

Os pessegueiros já respondem por 1% da produção frutífera de Minas (Paulo Márcio Norberto/ Divulgação
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Os pessegueiros já respondem por 1% da produção frutífera de Minas

Presença garantida na decoração e nos pratos de Natal, as frutas típicas de fim de ano já começam a chegar às prateleiras, e os produtores comemoram a boa safra. A expectativa é de que as 2,5 milhões de toneladas de frutas produzidas em 2009 sejam superadas, assim como a área de produção de 123 mil hectares em todo o estado, segundo dados da Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg). Apesar de boa parte da lavoura ser dedicada às culturas de laranja, com 30% de participação, banana (25%) e abacaxi (20%), outras variedades começam a ganhar espaço e confirmam a tendência de diversificação da produção.

“O percentual de participação dessas frutas tem diminuído, para dar espaço a outras variedades. Tangerina já representa 5%, manga, 4%, e morango, 3%. Pêssegos ainda representam apenas 1% da produção do estado e maçã, 0,1%”, explica Pierre Vilela, assessor de Departamento Técnico (Detec) da Faemg. Entre os destaques da expansão gradativa do plantio em terras mineiras estão justamente as frutas que já ganharam a preferência dos consumidores nas ceias natalinas e viraram tradição. Caso do pêssego, ameixa, nectarina e uva, que concentram o cultivo na Região do Campo das Vertentes, Sul e Norte de Minas. O fruticultor José Lasáro Mendes Morais é exemplo de quem está sempre procurando novidades e ampliação da produção. Com uma área total de 170 hectares plantados nas propriedades de Barbacena e Piedade do Rio Grande, na Região Central, ele espera terminar o ano com 1 mil tonelada colhidas contra 350 em 2009.

Somente dezembro, melhor mês para os negócios, representa 50% de toda a produção no ano e a colheita está a todo vapor. “Concentramos boa parte da safra neste período”, conta José Morais. Além de pêssego, ameixa, nectarina e uva, culturas de clima temperado que exigem temperaturas amenas, o fruticultor comercializa goiaba, maçã, caqui e se prepara para iniciar o plantio de abacate e maracujá doce.

Produção melhor neste ano

Na mesma região, o produtor Carlos Antônio Mendes Morais também já começa a colheita das frutas típicas de Natal. “Em meados de setembro, damos início ao pêssego. A nectarina e a ameixa ficam para outubro”, explica. A produção está melhor que no ano passado e não houve qualquer contratempo na safra. “Esperamos produzir 10 mil caixetas de 6 quilos para os oito mil pés em produção. O Natal é a esperança do produtor”, acrescenta.

Somente a nectarina finaliza a colheita antes de 25 de dezembro e deve ficar estocada para o período de maior volume de vendas. “Guardamos as mais bonitas na geladeira para termos oferta na melhor semana de vendas. Devemos guardar 5 mil caixas para a data”, afirma. Com 3 mil novos pés de pêssego, Carlos Antônio totaliza cerca de 20 mil plantas somente da variedade amarela. “Este ano saiu muita encomenda para o Natal e devemos produzir mais de 20 mil caixas”, prevê. A expectativa é que a partir de 10 de dezembro as vendas se aqueçam com a proximidade da data festiva.

Exigentes quanto às condições climáticas, as frutas de clima temperado encontraram solo fértil na Região do Campo das Vertentes e Sul do estado, onde devem ser cultivadas acima dos 800 metros de altitude. O plantio é concentrado no meio do ano, principalmente em julho, para que, em dezembro, já comece a brotar. “A produção é melhor a partir do terceiro e quarto anos de vida da planta quando já é possível colher cerca de 40 toneladas por hectare cultivado”, avalia o especialista em fruticultura de clima temperado da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Ângelo Albérico Alvarenga.

Influência paulista

Boa parte da diversificação do estado tem como influência o mercado de São Paulo, próximo às regiões produtoras de Minas Gerais. “A fruticultura aqui tende a crescer muito por isso, pois as terras em São Paulo estão mais caras e já tem muitos produtores vendendo propriedades lá para comprar no Sul de Minas”, explica Ângelo. Uma das frutas que acompanhou este fenômeno foi a uva niágara, que ganhou espaço em São Gonçalo do Sapucaí e é uma variedade típica desta época do ano.

“Outro caso seria o da lichia, que também tem colheita prevista para dezembro”, acrescenta Ângelo. O produtor de lichia de Elói Mendes, no Sul do estado, Agnaldo Crabi lamenta a queda na produção em decorrência da forte seca no período de floração. “Estamos na quarta safra e vamos produzir 30% da capacidade, num total de 60 mil quilos”, prevê. A expectativa é de que os preços compensem as perdas. A colheita dos 2,3 mil pés começa somente em 15 de dezembro e a fruta com cara de Natal, chega às vésperas das comemorações.



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