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RIO - Para ampliar a abrangência dos seus lançamentos, empresas de diferentes segmentos - como cultura, gastronomia, tecnologia e beleza, entre outros - têm procurado blogueiros especializados e influentes na rede para testarem seus produtos e serviços e publicarem críticas na internet. A estratégia é arriscada, já que o produto pode ser bem avaliado ou detonado. Num meio onde as informações circulam rapidamente, o feitiço pode virar contra o feiticeiro, e a companhia, sem intenção, acabar fazendo uma propaganda negativa de si mesma. Se vale a pena? Executivos dizem que não há opção: a exposição na internet é um caminho sem volta, e é melhor que a opinião venha de gente especializada, como mostra reportagem de Fernanda Thurler publicada neste domingo.
Dessa nova dinâmica de mercado, surgem blogueiros profissionais - que vivem financeiramente desta atividade - e pessoas que encaram a missão de informar apenas por diversão. Autora do blog "Garota sem fio" (garotasemfio.com.br/blog), Bia Kunze, de 35 anos, leva a arte de escrever sobre tecnologia móvel com um misto de prazer e profissionalismo. Ela não ganha dinheiro diretamente com o blog, mas não nega que o reconhecimento pelo seu trabalho abre muitas portas.
- Abri uma empresa de consultoria na área e dou cursos e palestras sobre mobilidade - explica Bia.
Antes de fazer as resenhas, Bia testa o produto por dez dias para avaliar cada ferramenta. Por mês, ela recebe cerca de seis aparelhos. Na hora de postar a crítica, garante que não há censura.
- Sou consumidora e apaixonada pelo que faço. Tenho noção do meu grau de responsabilidade - frisa Bia, cujo blog é acessado por 10 mil pessoas em um único dia.
Mudando da água para o vinho, Bruno Dulcetti, de 27 anos, tem a missão de alimentar o "Papo de bar" (papodebar.com.br), especializado em bebidas alcoólicas. Ele é o fundador, mas conta com dez colaboradores que, como diz ele, "embriagam" 65 mil visitantes por mês:
- Tudo começou na brincadeira. No início, o blog se chamava "Papo de bêbado", mas com o aumento da procura das empresas, tive que mudar. Grandes marcas não querem ter seus nomes ligados a um termo pejorativo.
A Motorola mantém contato com cerca de 40 blogueiros. As ações em mídias sociais fazem parte do plano de comunicação da empresa há mais de dois anos. Segundo a diretora de Brand & Digital para Motorola América Latina, Gabriela Viana, o risco de um blogueiro falar mal de um equipamento não modifica a estratégia da companhia:
- Perigoso hoje é não se relacionar com seus públicos. O relacionamento na internet traz respostas e novas informações e ajuda a criar o diálogo com o público consumidor ávido por tecnologia, que acaba procurando nesses blogueiros uma informação isenta, de credibilidade, e que tenha a mesma linguagem que eles. Muitos blogueiros são porta-vozes dos consumidores.