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Para os especialistas, a postura das operadoras de planos de saúde é a principal causa da queda na qualidade do atendimento prestado à população, o que pode colocar em risco a vida dos pacientes. “Isso pode refletir em todo o país”, afirmou Jorge Machado Curi, presidente da associação, sobre os resultados da avaliação.
A pesquisa foi realizada entre 23 de junho e 18 agosto deste ano e foram ouvidos 403 médicos em atividade no estado de São Paulo e cadastrados no Conselho Federal de Medicina (CFM). A margem de erro da pesquisa, para mais ou para menos, é de 5 pontos percentuais, considerando um nível de confiança de 95%.
Menos autonomia
Pelo menos 93% dos médicos de São Paulo já tiveram sua autonomia técnica profissional diminuída ao sofrerem pressão das operadoras de planos de saúde. Entre as interferências mais comuns, está o ato de solicitar explicações ao profissional sobre procedimentos ou medidas terapêuticas adotadas no decorrer do tratamento, sendo que três em cada 10 médicos já receberam esse tipo de questionamento.
Além disso, o tempo de internação dos pacientes e a prescrição de medicamentos de alto custo são outros dois alvos recorrentes de questionamento por parte das operadoras.
“Isso deve ser discutido mais profundamente. São aspectos de um problema que interfere na relação do paciente com o médico, resultando na diminuição da qualidade do atendimento, e não é isso que pretendemos”, afirma Curi.
Carlos Grandini Izzo, representante do Conselho Fiscal da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), afirma que as informações apresentadas pelos médicos devem ser objeto de reflexão por toda a sociedade. Ele acrescentou ainda que os honorários da classe médica estão defasados.
“Com os valores repassados hoje aos médicos é impossível a manutenção de um consultório”, exemplifica o secretário do CFM, Desiré Carlos Callegari.
ANS de mãos atadas
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), criada em janeiro de 2000, alega não dispor de dispositivos legais para intervir na relação dos médicos com as operadoras de saúde. Curi rebate o argumento da agência.
“A regulamentação deve ser revista pelo governo, pois o que se percebe é uma atuação livre por parte das operadoras em um mercado que envolve a saúde da sociedade.”
O pior de todos
Entre os planos avaliados pelos médicos paulistas, a Medial foi eleita o pior convênio e também o que pior paga honorários médicos. A Intermédica está em segundo lugar no quesito, seguida pela AMIL. Já os planos considerados mais burocráticos foram Sul América Saúde, Cassi (Banco do Brasil) e AMIL.
Para Frederico de Almeida, advogado da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), os dados da pesquisa vão possibilitar um melhor entendimento das queixas realizadas por consumidores, auxiliando a identificar a atuação das operadoras no estado.
Fonte: APM - Giovanna Rodrigues