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SÃO PAULO (Folhapress) - O gasto com torpedos, música e acesso à internet pelo celular cresceu 54,5% no segundo trimestre, na comparação com igual período em 2009. A receita das operadoras com serviços de dados (tudo, menos serviço de voz) foi de R$ 2,8 bilhões no segundo trimestre deste ano, ante R$ 1,8 bilhão no mesmo período do ano passado.
Isso representa 16,3% da receita bruta de serviço das operadoras. É pouco se comparado com países como Japão, onde cerca de 50% da receita das operadoras é relativa a serviços de dados.
Os números divulgados ontem são do projeto Monitor Acision, das consultorias Acision e Teleco, que tem por objetivo mapear tendências de uso de serviços móveis no Brasil. Com 185 milhões de celulares, o Brasil possui uma densidade de 95,6 celulares por 100 habitantes.
Projeções da Teleco dão conta de que, neste semestre, o País deve ultrapassar a barreira de 100 celulares por 100 habitantes. A pesquisa ouviu 750 pessoas em São Paulo, Rio e Porto Alegre. A operadora que tem a maior receita com serviços extra-voz é a Vivo (21,6%). Em seguida vem a TIM, com 13%, e depois a Oi, com 11,6%. A Claro não divulgou a informação.
Da receita das operadoras com serviços, 45% corresponde a mensagens (torpedo, torpedo multimídia e "instant message") e 44% a acesso à internet. Outros (como música e toque de celular) representam 11%.
Do universo de entrevistados, apenas 2% acessa a internet por meio de celular, e 3% é usuário de banda larga móvel (modem 3G ou celular como modem conectado ao laptop). As duas principais razões para não acessar a internet móvel são: não ver necessidade (61%) e custo alto do serviço (42%).
Desses 5%, 62% usam a web móvel para acessar e-mail ou navegar na internet e 37% usa o celular para ver vídeos no Youtube ou entrar em redes de relacionamento, como Facebook e Twitter.