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Vânia Cristino / Vicente Nunes
Governo já tem medidas para financiar a construção: reduzir o depósito compulsório da poupança e atrair investidores para CRI
Setor estava ameaçado pela escassez de recursos para a casa própria a partir de 2013, mas poupança e grandes aplicadores podem suprir a carência
Quanto aos CRIs, o objetivo do governo com a isenção do IR, que varia de 15% a 22,5%, dependendo do prazo dos papéis, é atrair investidores de grande porte, como os fundos de pensão, que olham a longo prazo. A isenção já vale para as pessoas físicas, mas somente aplicadores com mais de R$ 300 mil conseguem ter acesso aos títulos. Os certificados são emitidos com base em financiamentos realizados por bancos e construtoras. Ou seja, aqueles que compram os papéis recebem de acordo com os pagamentos realizados pelos mutuários. Os juros vão de 7,5% a 11% ao ano além da variação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M).
Segurança
Na avaliação de Fábio Nogueira, diretor da Brazilian Securities, as medidas preparadas pelo governo são fundamentais para incrementar um dos setores mais dinâmicos e importantes da economia do país, a construção civil. Ele afirmou que, mesmo liberada desde 1998, a securitização de créditos imobiliários, representada pelos CRIs, não decolou. Primeiro, por causa do desconhecimento desses papéis. Segundo, por desinteresse dos bancos em ter um concorrente para a caderneta de poupança. Pelas suas contas, os certificados em circulação no mercado somam pouco mais de R$ 17 bilhões, mas podem avançar para R$ 300 bilhões em um curto espaço de tempo com a isenção de impostos dados às pessoas jurídicas.
É o que também acredita José Luiz Rodrigues, presidente da consultoria JL Rodrigues. “Os CRIs são títulos muito seguros. Mas, para deslancharem,
precisam de um mercado secundário forte. Quer dizer: de investidores importantes para negociar os papéis entre si, o que chamamos de liquidez”, explicou. No seu entender, os certificados são feitos na medida para fundações de previdência complementar e para seguradoras, que precisam de rendimentos para garantir pesados compromissos futuros. “Até a crise das hipotecas dos Estados Unidos nos ajudou, pois mostrou que o nosso mercado é muito mais sólido e nos preparou para oferecer produtos de qualidade”, complementou Fábio Nogueira.