JurisWay - Sistema Educacional Online
 
 
Cursos
Certificados
Concursos
OAB
ENEM
Vídeos
Modelos
Perguntas
Notícias
Fale Conosco
 
Email
Senha
powered by
Google  
 
 Defesa do Consumidor
 

Oito de doze produtos da cesta básica têm aumento de preços em cinco meses

Fonte: Portal R7 10/6/2010

Texto enviado ao JurisWay em 10/06/2010.

indique está página a um amigo Indique aos amigos

Feijão sobe 77% como resultado das chuvas e da safra mais fraca; batata aumenta 57%

Marcel Gugoni, do R7
 
Oito dos doze produtos da cesta básica acumulam aumentos nos preços entre janeiro e maio deste ano, com o feijão carioquinha e a batata somando as maiores altas do período. Levantamento feito pelo R7 com base nos dados pesquisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que os dois alimentos já ficaram 77,39% e 57,08% mais caros, respectivamente.





 

Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de índices de preços do IBGE, diz que os alimentos foram bastante afetados no começo do ano devido às condições climáticas, o que causou um aumento de preços em determinados produtos.

- As pessoas estão gastando mais porque os preços cresceram. Os índices de inflação já são maiores do que os de todo o ano passado e os grandes responsáveis são os alimentos, que vêm apresentando variações [de preço] acima de 1% principalmente por causa das chuvas, que danificam a qualidade dos alimentos e das lavouras.

Dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado nesta quarta-feira (9), mostram que a inflação oficial atingiu 0,43% no mês passado. O número é o menor do ano e significa que os preços subiram com menos força no período, mas ainda assim são maiores do que o governo espera.

O indicador soma 5,22% nos últimos 12 meses – valor acima dos 5,26% dos meses anteriores. O governo trabalha com 4,5% de inflação para 2010.

Cesta básica

O R7 levou em conta 12 produtos da cesta básica para avaliar a variação deles desde janeiro. Feijão e batata lideram os aumentos no ano, mas há grande aumento de preços em produtos como o leite (de 23,62% em cinco meses) e o açúcar (22,04%), que depende da produção das lavouras de cana.

O tomate, que ajudou a aumentar a inflação nos últimos quatro meses, teve queda forte em maio, mas ainda acumula alta de 20,14% desde janeiro. Entre os outros componentes da cesta, ainda subiram o arroz (acumulado de 5,82%), a carne (3,41%), pão francês (1,19%) e a banana (0,13%).

Outros quatro produtos acumulam queda nos preços: farinha (-2,25%), café em pó (-1,06%), óleo (-9,92%) e manteiga (-0,25%).

Para Manuel Enriquez Garcia, professor de economia da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade), da USP, duas coisas fazem diferença nos preços quando se fala em alimentos: a safra e a procura dos consumidores.

- No caso do feijão carioca, dá para ver que houve um aumento da demanda em um momento de condições climáticas desfavoráveis. Agora, os problemas provocados pelas chuvas de janeiro e fevereiro foram embora e o preço deve começar a cair.

A coordenadora do IBGE explica que, no caso do feijão, a produção fica por conta de pequenos produtores, diferente do que ocorre com a cana e com a soja. Quando o preço está em queda, esses agricultores trocam a cultura plantada por outra mais rentável.

Em 2007, o feijão carioca subiu 144,42%. Em seguida, os produtores passaram dois anos – 2008 (-29,5%) e 2009 (-35,85%) – vendo quedas de preços e a área plantada diminuiu.

- Quando os preços sobem, os produtores acabam plantando mais. Neste ano, o feijão foi menos plantado e o preço aumentou. Além de a produção ter ficado mais cara, as chuvas derrubaram a qualidade dela.

 

Importante:
1 - Todos os artigos podem ser citados na íntegra ou parcialmente, desde que seja citada a fonte, no caso o site www.jurisway.org.br.

indique está página a um amigo Indique aos amigos

 
Copyright (c) 2006-2025. JurisWay - Todos os direitos reservados