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Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil
Reunidas em Oslo, 52 nações concordaram em utilizar o REDD para concentrar recursos e financiar a conservação de ecossistemas, mas especialistas apontam que a iniciativa privada terá que ajudar para que o modelo seja eficiente
Reduzir o desmatamento e a degradação florestal é considerado como um dos métodos mais rápidos, baratos e eficazes de se lidar com as mudanças climáticas. É com esse tipo de pensamento que 52 países se reuniram em Oslo, na Noruega, e chegaram ao consenso de utilizar o mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD) como a ferramenta para angariar recursos para a preservação e assim frear o aquecimento global.
Os governos concordaram em adotar as regras estabelecidas pela ONU e dentro do REDD para liberar recursos para as florestas, mas sem que isso seja uma obrigação. A Noruega afirmou que esta é a primeira ação global concreta de combate às mudanças climáticas desde a Conferência de Copenhague, em dezembro do ano passado.
“Atualmente para o mercado as florestas valem mais mortas do que vivas. Hoje, nós nos comprometemos a alterar essa equação”, declarou ao fim do encontro Jens Stoltenberg, primeiro-ministro da Noruega.
Até agora foram postos US$ 4 bilhões à disposição para reduzir o desmatamento de florestas tropicais, incluindo recursos que foram liberados em Copenhague. O desmatamento seria responsável por 17% das emissões mundiais de gases do efeito estufa.
De acordo com a parceria firmada em Oslo, os países desenvolvidos devem fornecer financiamentos de forma acessível e constante e podem em contra partida cobrar resultados.
Já as nações que receberem os recursos devem implementar políticas sólidas e transparentes de preservação, além de monitorar localmente a utilização do dinheiro. Segundo Stoltenberg, novas regras podem ser criadas para facilitar esse intercambio de informações.
Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, França, Japão e Noruega já se comprometeram a liberar US$ 3,5 bilhões até 2012 para preservar florestas.
A Noruega ainda anunciou na última quarta-feira (26/5) a disponibilização de US$ 1 bilhão para a Indonésia manter suas florestas de pé. Um acordo parecido ao que o país já possui com o Brasil através do Fundo Amazônia.
Iniciativa privada
A reunião de Oslo também estabeleceu a meta de se gastar US$ 30 bilhões em florestas e outros projetos de baixo carbono até 2012.
“Não há como mobilizar essa quantidade de dinheiro sem o apoio do setor privado”, afirmou Stoltenberg.
Para facilitar os financiamentos privados, os países vão buscar dar maior solidez as legislações e estabelecer ferramentas de mercado que sejam confiáveis.
Além disso, o encontro sugeriu que mecanismos como o ‘cap and trade’, taxas de carbono e impostos sobre transportes devem ser aprofundados onde já existem e serem criados em países que ainda não os possuem. “Os preços para o carbono possuem dois efeitos positivos: dão aos consumidores a oportunidade de mudar seus hábitos de compra e ainda fornecem uma fonte de financiamento”, explicou Stoltenberg.
“O que nós precisamos são mais garantias de que os recursos da iniciativa privada serão bem utilizados e de que as ferramentas de mercado sejam bem estruturadas para evitar fraudes”, resumiu Abyd Karmali, diretor global de mercados de carbono do Bank of America/Merril Lynch.
(CarbonoBrasil)