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RIO - A forte alta dos preços dos alimentos no mês passado fez com que a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechasse março em 0,52%, resultado acima da média das expectativa do mercado, que era de 0,49%, segundo o último Boletim Focus do Banco Central. No entanto, a taxa - divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - ficou abaixo da variação de 0,78% em fevereiro, quando o reajuste das mensalidades de cursos e escolas pressionou o IPCA.
Com o resultado de março, o acumulado do primeiro trimestre do ano fechou em 2,06%, bem acima da taxa de 1,23% relativa a igual período de 2009. Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 5,17%, também acima dos doze meses imediatamente anteriores (4,83%). Vale destacar que a taxa em doze meses superou o patamar de 5% pela primeira vez desde maio de 2009, se distanciando ainda mais do centro da meta de inflação do governo, que é de 4,5% para este ano.
O grupo Alimentação e bebidas teve alta de 1,55% em março, ante elevação de 0,96%. O grupo teve a principal contribuição de alta no IPCA deste mês, de 0,35 ponto percentual, e foi responsável por 67% do resultado.
"O tomate, cuja produção vem sendo prejudicada pelo calor e chuvas fortes, ficou 42,95% caro e liderou as principais contribuições (para o IPCA do mês) com 0,08 ponto percentual" acrescentou o comunicado.
Outros produtos também ficaram mais caros prejudicados pelo clima, como a batata-inglesa, cujos preços subiram 8,44%. O leite pasteurizado também apresentou forte aumento, de 8,03% em março.
Alimentos: alta dos preços no 1º trimestre supera toda a inflação de 2009
Os dados do primeiro trimestre do IPCA apontam uma inflação de alimentos de 3,69% de janeiro a março, o que supera os reajustes de alimentos de todo o ano passado, que ficou em 3,18%. Esta é a maior alta do setor no primeiro trimestre, desde 2003.
- O que vemos é que há uma alta generalizada no setor de alimentos. As principais causas para esta elevação de preços são os problemas climáticos, como o excesso de chuvas e de calor, mas há também a questão do aumento da demanda que já pode estar impactando no IPCA - afirmou Eulina do Santos, do IBGE.
No ano, além dos alimentos, outros dois itens influenciaram as altas nos preços, que foram transporte e educação. De acordo com o IBGE, estes três itens somados respondem por 74% da inflação acumulada em 2010, que está em 2,06%.
Preços dos transportes ficaram mais baratos em março
Os Transportes, assim como os itens de Educação, também aliviaram a pressão, passando de aumento de 0,79% em fevereiro para queda de 0,54% em março. O movimento reflete a deflação de 2,51% dos combustíveis, que no mês anterior haviam subido 1,14%.
O movimento, segundo o IBGE, deveu-se à redução temporária da alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e à diminuição da parcela do álcool na gasolina.
Já os preços de Vestuário reverteram a queda, de 0,52%, de fevereiro e subiram 0,66% em março.