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As pequenas e médias empresas paulistas interessadas em desenvolver projetos relacionados a energias renováveis, eficiência energética e manejo de resíduos dispõem agora de uma nova fonte de recursos. A Agência de Fomento Paulista – Nossa Caixa Desenvolvimento, órgão vinculado à Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, acaba de lançar a Linha Economia Verde. Esse novo crédito tem como objetivo financiar projetos que estimulem a redução das emissões de gases de efeito estufa no meio ambiente.
A Linha Economia Verde apresenta taxa de juros de 6% ao ano, corrigido pelo IPC-FIPE e pode financiar 100% do projeto, com prazo de até cinco anos para o pagamento e de um ano de carência. Também chamada de “Crédito Verde”, a linha é voltada às empresas com faturamento anual mínimo de R$ 240 mil e máximo de R$ 100 milhões.
Com o papel de coordenar e implantar políticas financeiras de fomento ao setor privado, a Agência promove o desenvolvimento econômico e social do Estado, financiando projetos sustentáveis e produtivos. Mas, diferentemente de um banco comercial, não há exigências de abertura de conta para a obtenção do financiamento. O empresário encaminha seu pedido às entidades de classe parceiras da Agência e dá andamento à documentação necessária. São mais de 20 entidades, dentre elas o SEBRAE, a Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP) e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq)
Para que o financiamento seja aprovado, são realizadas análises econômicas e técnicas. A avaliação econômica está relacionada a parâmetros estabelecidos pelo Banco Central, que sugere uma classificação de AA até H para as empresas, o que estabelece um percentual limite de crédito. Quanto menor for a nota, maior o nível de risco da empresa. “Nós selecionamos as que obtêm notas de AA até C. Mas, podem ocorrem exceções, desde que a empresa forneça garantias para o pagamento do financiamento, como terrenos, imóveis ou até mesmo o aval do sócio”, diz Milton Luiz de Melo, presidente da Agência.
Análises técnicas precisam comprovar sustentabilidade do projeto
A análise técnica é feita através de um convênio com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), que é uma agência do Governo do Estado de São Paulo responsável pelo controle, fiscalização, monitoramento e licenciamento de atividades geradoras de poluição. Será a partir desta análise que a Agência constatará se de fato o projeto da empresa irá reduzir a emissão de carbono.
Casemiro Tércio Carvalho, coordenador de planejamento ambiental da CETESB, afirma que a aprovação das empresas dependerá principalmente dos níveis de carbono. “Se o projeto apresentado comprovar que haverá diminuição na emissão do poluente após as adaptações e estiver comprometido com a sustentabilidade, a resposta da análise será positiva. Para que haja um acompanhamento dessas empresas, sugeriremos que elas entreguem um inventário do processo produtivo”, diz Carvalho.
A expectativa para o “Crédito Verde” é grande, já que muitas empresas têm interesse em investir em sustentabilidade, adequando-se às novas exigências do mercado. “Para o futuro temos a idéia de fornecer um selo verde depois que o projeto for implantado”, afirma Melo.
Carlos Roberto da Silva, diretor da Amino Química, empresa que hoje utiliza uma linha de crédito da Agência voltada à inovação, ressalta a importância de incentivos privados ou estatais para o desenvolvimento de projetos sustentáveis. “É caro fazer pesquisa no Brasil. As linhas de crédito são fundamentais para a concretização de idéias, o investimento em sustentabilidade e o trabalho com recursos balanceados”, diz.
(Fonte: IG Último Segundo)