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BRASÍLIA - Os medicamentos protegidos por patentes têm uma participação 40% maior nos gastos dos brasileiros com saúde do que os produtos genéricos. Isso é o que revela um estudo realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ao qual o GLOBO teve acesso, mostra reportagem de Martha Beck publicada na edição desta sexta-feira do jornal. Os remédios patenteados são os mais caros do mercado, mas são utilizados no tratamento de doenças importantes, como câncer, disfunções pulmonares e cardíacas, e não podem ser copiados por outros laboratórios.
O levantamento da Anvisa mostra que o país tem hoje 96 moléculas protegidas por patentes, sendo a maior parte pertencente a empresas americanas, alemãs e suíças. Desse total, oito estão em medicamentos que fazem parte da lista dos 20 mais vendidos no mercado nacional. Entre eles estão o Glivec (utilizado no tratamento da leucemia) e o Viagra.
Segundo a pesquisa, os gastos da população com genéricos representaram 7,62% do faturamento da indústria brasileira em 2008, o que equivale a R$ 2,05 bilhões. Já os gastos com produtos patenteados corresponderam a 10,47% do faturamento da indústria, ou R$ 2,8 bilhões, 37,9% acima do gasto com genéricos. Os produtos patenteados têm um custo médio de R$ 104,38 por unidade. No caso dos genéricos, esse valor é de apenas R$ 4,60 por unidade.
O chefe do núcleo de regulação econômica da Anvisa e autor do estudo, Pedro Bernardo, lembra que 14 das moléculas protegidas tinham prevista a queda da patente entre 2009 e 2010, mas as empresas costumam pedir ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) para prorrogar o incentivo.