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RIO - Diversas marcas ainda vendem mamadeiras feitas com bisfenol A (BPA), uma espécie de resina nociva à saúde encontrada na maioria dos plásticos. Para muitos cientistas, a substância pode estar por trás do aumento de algumas doenças, entre elas o câncer de mama, os distúrbios cardíacos, a obesidade e a hiperatividade. Na Inglaterra, empresas de mamadeira estão silenciosamente retirando o bisfenol A de seus produtos, como mostra a reportagem publicada hoje no jornal "The Independent".
A venda de plásticos contendo este tipo de fenol é proibida no Canadá e em alguns estados americanos. O Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador americano, fez um alerta e pediu que os pais reduzissem a exposição de seus filhos a embalagens plásticas, mamadeiras, chupetas, copinhos e até brinquedos contendo a substância. Um estudo feito pela Universidade de Cleveland indica que 90% dos adultos têm traços de bisfenol A no organismo.
O BPA é usado em plásticos para dar sua forma e é utilizado na fabricação da maioria dos produtos que contém o material. Isto inclui computadores, celulares, copos, potes, estantes, brinquedos e peças de carro, entre outros. Somente na Inglaterra, a substância está presente em quase todos os produtos infantis.
A Breast Cancer UK iniciou uma campanha na Inglaterra exigindo a retirada do bisfenol A de todos os produtos infantis. Segundo Clare Dimmer, diretora da instituição, "o cinismo das grandes empresas é impressionante. Apesar dos inúmeros problemas de saúde listados por pesquisadores e do alerta do FDA, os fabricantes continuam afirmam que é perfeitamente seguro usar a substância".
De acordo com cientistas independentes, o BPA pode ser um dos motivos pelo aumento de diversas doenças como o diabetes, problemas de fertilidade e a má formação fetal. Uma das maiores preocupações é com o bisfenol A em grávidas e em crianças pequenas. A substância pertence a uma classe de químicos que podem atraplhar as funções endócrinas e alterar o funcionamento do hormônio feminino estrogênio.
Enquanto o fenol ainda não é proibido, a pesquisadora Vyvyan Howard, da Ulster University, sugere que os pais usem mamadeiras, potes e copinhos de vidro para alimentar seus filhos. As grávidas também devem limitar a exposição ao BPA.
- A evidência de que o bisfenol A faz mal é grande. Todos, principalmente grávidas e crianças pequenas, devem evitar estes produtos - diz a pesquisadora.
Nos Estados Unidos, as seis maiores empresas de mamadeiras pararam de usar o bisfenol A em sua produção, após o alerta do FDA e da pressão de ONGs e grupos científicos. Entre as mamadeiras importadas, a Phillips Avent fabrica uma versão com polipropileno e sem BPA. A marca Born Free afirma que sempre produziu mamadeiras sem bisfenol A. A Mothercare pretende lançar uma linha de mamadeiras sem a substância até o fim de 2010. A Nuk vai parar de produzir produtos para crianças com este fenol até o fim do ano e a linhaTommee Tippee produz mamadeiras sem BPA desde o início do ano. A empresa, que produz várias linhas da Disney, alega que vai retirar o bisfenol destas mamadeiras até o fim de 2009. No Brasil, a substância é liberada, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária permite que as empresas utilizem até 0,6 mg por quilo do produto.