Últimos artigos
Consumo de gás natural no País cresce 55% em outubro 22/12/2010
União desvia R$ 43 bi de fundo de telecomunicação 22/12/2010
Senado aprova regulamentação da profissão de arquiteto e urbanista 22/12/2010
Cartão aluguel pode ser ampliado 22/12/2010
Em 2010, nº de celulares pode passar de 200 milhões 22/12/2010
Regras disciplinam mediação e conciliação 16/12/2010
Nova lei obriga noivos acima de 70 anos a ter separação de bens 16/12/2010
Quase metade da população brasileira tem veículo próprio 16/12/2010
Livros de papel e os clubes de leitura continuam em alta no Brasil 16/12/2010
Equipamentos eletrônicos sem utilidade serão recolhidos para reciclagem no Rio 16/12/2010
Fugir de bolachas recheadas e salgadinhos é o ideal, mas não costuma ser missão fácil
... São tantos itens que a gente até esquece na hora de montar uma lista. E quem pensa que os dilemas terminam logo na adaptação escolar da criança se engana. Nesta etapa começam outros desafios – que podem parecer menores à primeira vista, mas que no dia a dia dão o maior trabalho.
Um desses “probleminhas” é o cardápio que a criança vai seguir durante seu período escolar – a famosa merenda da lancheira. Entre tantos salgadinhos e bolachas disponíveis nas gôndolas dos supermercados, está cada vez mais difícil escolher opções saudáveis para alimentar os pequeninos.
Lá em casa
Paula Pinheiro está enfrentando esse desafio pela primeira vez. Sua filha, Luana (de dois anos), acaba de ingressar na escolinha e, mesmo tão nova, já está pedindo quitutes cada vez menos nutritivos para comer no recreio:
- Ela quer o que a gente come em casa. Na hora do lanche, sente falta dos salgadinhos, dos sucos de caixinha, dos chocolates. O pior é que o pessoal da escola não gosta que a gente envie esse tipo de coisa. Mas se eu envio o que eles pedem - uma fruta, por exemplo - aí quem não gosta é ela. Acaba não comendo nada.
Marilene Monteiro, diretora do Jardim Escola Esquilinho, é uma das defensoras da política da comida saudável sempre, especialmente no período letivo. Para ela, o ambiente do colégio é o melhor lugar para transmitir às crianças também algo sobre educação alimentar:
- Na Esquilinho trabalhamos com sugestão de cardápio de lanche aos pais. Não apenas pela questão da alimentação nutritiva, mas também porque as crianças podem aproveitar o recreio para aprender algo sobre as diferenças e o respeito ao próximo.
Ela explica:
- Em uma escola, temos crianças que vêm das famílias e das criações mais diferentes. Temos crianças que não costumam ter muito contato com açúcar e até com restrições alimentares por conta de alergias. Padronizar o lanche, permitindo claro algumas leves variações, é um jeito de fazer com que todas sejam respeitadas. O padrão que escolhemos, no caso, foi a busca pelos itens mais saudáveis.
E quando o assunto é convencer as crianças a saborearem somente o que faz bem à saúde, Marilene tem uma dica:
- Criar o hábito da alimentação saudável é a semente para o que a criança vai comer no futuro. Se os pais procurarem seguir um cardápio mais nutritivo, em casa e refletindo no lanchinho da escola, com o tempo as crianças também vão fazer suas próprias escolhas saudáveis. E tem mais, a companhia dos amiguinhos é um excelente incentivo para as crianças resistentes às opções que claramente fazem bem à saúde. Elas veem os colegas comendo algo que nunca experimentaram, mas que já dizem que não gostam. Na primeira semana, não se interessam. Na segunda, pedem para experimentar um pouco. A curiosidade vira uma aliada na criação dos novos hábitos.
Hellen Rodrigues, mãe de Pietro (com seis anos de idade), concorda com o que a diretora diz. Seu filho está na escola desde pequenininho e sempre recebeu a merenda por lá - lanche saudável e padronizado. Ele nunca reclamou do “papá”:
- Lá na escola eles oferecem coisas que as crianças costumam comer, mas que são nutritivas. Como tem um montão de amiguinhos juntos, um incentiva o outro a comer. Um vê o outro comendo e come também. O Pietro faz todas as refeições na escola. Acredita que até salada ele come lá? Em casa ele não come salada de jeito nenhum. Aliás, aqui ele mal come – só quando os priminhos estão comendo junto.
A mamãe do Pietro lembra ainda que as refeições na escola – sejam elas as principais ou somente o lanche da manhã ou da tarde – têm outro benefício: fixam o horário certo para comer. Quer coisa melhor do que ensinar os pequenos a se alimentarem direitinho e, de quebra, de três em três horas como mandam os nutricionistas?
Marilene, a diretora da Esquilinho, deu uma sugestão simples de cardápio para quem precisam montar o lanche diário de seus filhotes.