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Flávia Albuquerque, da Agência Brasil
O gerente de projetos da Secretaria Nacional de Transportes e Mobilidade Urbana do ministério das Cidades, João Alencar Oliveira Júnior, afirmou hoje (22), durante reunião do Grupo de Trabalho Matriz Energética para o Desenvolvimento com Equidade e Responsabilidade Socioambiental do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) da Presidência da República, que as cidades deveriam dar prioridade ao transporte público para que a mobilidade urbana melhore nas cidades.
“É fundamental repensar nas nossas necessidades de deslocamento na cidade e nas atividades econômicas na cidade, ou seja, fazer com que as pessoas necessitem menos se deslocar e se precisarem que as distâncias sejam curtas e que possa se fazer isso a pé ou de bicicleta”.
Alencar disse para melhorar a mobilidade em São Paulo é preciso investimento maciço em transporte público, ou seja, não se pode pensar na cidade dependendo de transporte individual. “Esses engarrafamentos de 130 quilômetros, a persistir essa falta de investimento público, só tendem a se agravar. Na realidade, toda e qualquer ação no sentido da melhoria das condições de transporte devem ser aprumadas no transporte público”. Para ele é preciso criar meios para que os cidadãos não precisem se deslocar de cidades próximas à capital para trabalhar.
A conselheira do CDES, Esther Bemerguy, ressaltou que o conselho já incluiu em sua carta de propostas sobre as melhorias na matriz energética do país, recomendações relacionadas ao transporte. Uma delas é que se passe a dar maior incentivo ao transporte hidroviário que usa menos combustível do que o transporte rodoferroviário. “Outra recomendação do conselho é a ênfase no transporte público e de preferência que seja poupador de combustível, que use cada vez menos diesel e gasolina”.
A terceira recomendação do CDES é que as cidades sejam pensadas para pouparem energia. “Isso engloba a questão das pessoas morarem próximas ao trabalho, que a escola dos filhos sejam próximas ao local de moradia”. Por isso, ela enfatizou que uma série de mudanças na organização dos municípios é necessária para criar uma cidade sustentável. “Queremos mostrar que o desenvolvimento urbano e da matriz de transporte adequado, pode resultar também em forte economia e mitigação do dióxido de carbono.
Segundo a conselheira, como as cidades já estão estruturadas de forma errada as medidas para promover as melhorias são de médio e longo prazo e é necessário que as cidades se planejem em primeiro lugar levando em consideração essa necessidade.
O secretário de Política Nacional de Transportes do ministério dos Transportes, Marcelo Perropato, disse que o governo está de acordo com as recomendações do conselho e tem priorizado no Plano Nacional de Logística e de Transportes organizado pelo ministério. “Isso significa trabalhar para expandir o setor ferroviário e hidroviário que são melhores economicamente e trazer um pouco do transporte rodoviário de longa distância para essas modalidades, o que não significa de nenhum modo tirar a prioridade do transporte rodoviário. O que queremos é colocá-lo em um nicho de mercado mais adequado. Nas distâncias médias e curtas você jamais vai prescindir do transporte por caminhões no setor urbano e metropolitano não há como fazer transporte por hidrovia e ferrovia”.
(Agência Brasil)