JurisWay - Sistema Educacional Online
 
 
Cursos
Certificados
Concursos
OAB
ENEM
Vídeos
Modelos
Perguntas
Notícias
Fale Conosco
 
Email
Senha
powered by
Google  
 
 Defesa do Consumidor
 

Parto na água deve ser realizado em ambiente hospitalar, recomenda médico

Fonte: Portal G1 8/2/2010

Texto enviado ao JurisWay em 09/02/2010.

indique está página a um amigo Indique aos amigos

 


Sensibilidade à dor varia de mulher para mulher, ressalta obstetra.
Técnica foi descoberta por acaso em 1803 na França.

Ricardo Muniz Do G1, em São Paulo

O primeiro caso de parto na água – em que a criança nasce com a mãe dentro de uma banheira – relatado em revista científica ocorreu em 1803 na França. A parturiente estava já havia três dias em trabalho de parto, os médicos não sabiam o que fazer, ela foi colocada em uma banheira e o nenê nasceu. Mas o estudo das vantagens dessa modalidade de parto só ganhou corpo nas últimas décadas – a primeira conferência médica específica foi realizada em Londres, em 1995 – e, no Brasil, ainda são raros os profissionais com experiência na área.

“Infelizmente, somos poucos”, diz Adailton Salvatore Meira, ginecologista e obstetra formado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O país mais avançado na realização de partos desse tipo é a Inglaterra. Em 1992, o parlamento britânico recomendou que todos os hospitais públicos tivessem banheira em ambiente de parto, e hoje mais de 90% das unidades de saúde seguem a recomendação, conta Meira, que estudou a modalidade entre 1986 e 1987 em uma maternidade em Paris.

As premissas que orientam o parto na água são muito simples. Primeiro: tudo aquilo que influencia a segurança ou insegurança da parturiente vai ajudar ou atrapalhar no parto. “Até odores influenciam”, explica Meira. “Um cheiro bom ajuda. Cheiro de formol, dificulta. A água é um elemento de ajuda ao parto, desde que a mulher se sinta bem com isso.” A temperatura da água mais adequada, por exemplo, é definida caso a caso. “É abaixo de 36°C, porque essa temperatura abaixa muito a pressão. O parâmetro é a pressão.” Em segundo lugar, no parto em banheira a parturiente fica mais leve, por causa da flutuação, o que facilita os movimentos.

A resistência à dor também é uma situação avaliada caso a caso. “Há mães que entram na banheira e a água, por si só, já serve como alívio de dor. “Há outras que, com 2 centímetros de dilatação, já estão gritando de dor, porque têm alta sensibilidade à dor”, conta o médico.

Cuidados

Meira ressalta que o parto na água é um meio, não um fim em si mesmo. “Não pode ser objetivo em si, é um meio para se atingir um parto que aquela mulher quer, um parto feliz, vivencial”, explica. “A água é um elemento de ajuda para conseguir isso.”

Ele também aponta para a conveniência e segurança de que os partos sejam feitos em ambiente hospitalar. “Eu aconselho que seja feito em ambiente hospitalar. Tem mães que aguentam, mas a maioria tem um limite de dor que pode ficar muito difícil”, pondera. “Tem de continuar controlando batimentos cardíacos da criança. Deve haver suporte de medicação para a mãe e para o bebê; oxigênio para a mãe e para o bebê, se necessário; material de ventilação para a mãe e para o bebê.”

Além disso, não é recomendado que as parturientes entrem muito cedo na banheira. “Houve um caso, na Austrália, de uma parturiente que ficou 10 horas dentro da banheira. Quando essa entrada é muito precoce, pode na verdade bloquear o trabalho de parto. A gente contraindica isso”, diz.

Acima de tudo, parturientes com doenças como diabetes ou que sofram de hipertensão não devem fazer parto na água. Quando o bebê é muito grande ou muito pequeno, também não, porque o parto será mais complicado.





Importante:
1 - Todos os artigos podem ser citados na íntegra ou parcialmente, desde que seja citada a fonte, no caso o site www.jurisway.org.br.

indique está página a um amigo Indique aos amigos

 
Copyright (c) 2006-2025. JurisWay - Todos os direitos reservados