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O governo vai lançar em 2010 um seguro voltado à população de baixa renda. A ideia é que um trabalhador que ganha até três salários mínimos possa comprar serviços como seguro de vida, de acidentes pessoais ou mesmo de crédito a preços baixos e sem burocracia, mas protegido pela legislação. É o que mostra matéria de Martha Beck, publicada na edição desta terça-feira, no GLOBO. Segundo o presidente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Armando Vergílio, o chamado microsseguro terá prestação máxima de R$ 10.
- No Brasil, o seguro é voltado às classes A, B e o topo da C. Mas há um público potencial de cem milhões de pessoas que podem ser beneficiadas pelo microsseguro - disse o presidente da Susep, lembrando que esse tipo de serviço representaria um acréscimo de R$ 50 bilhões no mercado total de seguros no Brasil, hoje de R$ 100 bilhões.
No Brasil, o seguro é voltado às classes A, B e o topo da C. Mas há um público potencial de cem milhões de pessoas que podem ser beneficiadas pelo microsseguro "
De olho no novo mercado, as seguradoras estão ansiosas pela regulamentação. O projeto que cria o microsseguro já está tramitando no Congresso Nacional, e a expectativa da Susep é que o novo serviço comece a funcionar no segundo semestre. Depois de aprovado o projeto, a regulamentação será feita pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNPS).
O aumento da renda das classes C e D e o maior número de pessoas nessas classes despertou o interesse dos empresários do setor - disse o presidente da seguradora Capemisa, José Augusto Tatagiba. Procura maior por seguro de vida e contra acidentes
Com a esposa grávida, o vendedor Raimundo Rocha, de 36 anos, por exemplo, contratou um seguro que ajude sua família em caso de acidentes. Ele já é pai de um casal de gêmeos e ainda cuida de uma cunhada portadora de síndrome de Down. Ele contratou um seguro de acidentes pessoais por R$ 22,90, válido por um ano. A cobertura é de R$ 10 mil.
- Decidi fazer um seguro porque nunca se sabe o que vai acontecer. É preciso ter alguma reserva - disse Rocha, cuja renda familiar per capita é de R$ 900 graças ao salário da mulher, nutricionista, e da venda de roupas no mercado informal em Brasília.
Segundo o presidente da seguradora Capemisa, a empresa vendeu cem mil seguros em 2008. Já em 2009, esse número chegou a 700 mil, sendo que 60% foram vendidos para a baixa renda.
De acordo com o diretor-executivo do Grupo Sinaf e integrante da comissão de microsseguros do CNSP, Pedro Bulcão, o novo produto será importante para ampliar o seguro ao qual a população de baixa renda tem acesso. Ele explicou que as classes C e D compram hoje principalmente seguros de vida, de acidentes pessoais e serviços funerários.