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Juros a partir de 4,6% ao ano aquecem mercado em pleno período que material escolar, IPVA, IPTU e despesas do Natal pesam no orçamento familiar. Condições inéditas no País atraem até mesmo quem já tem seu imóvel
POR CRISTIANE CAMPOS
Rio - Dezembro e janeiro são considerados meses fracos para o mercado imobiliário, principalmente por conta dos gastos do Natal e das férias, além das despesas de início de ano, como IPVA, IPTU e na volta às aulas. Mas, em 2010, o cenário está mudado, e a maioria das construtoras e imobiliárias comemora o recorde de vendas no último mês de 2009 e já nos primeiros dias deste mês.
Segundo especialistas, o quadro encontra-se bastante favorável com juros ainda menores — a partir de 4,6% ao ano —, prazos de pagamento ampliados, crédito farto e facilitação no financiamento. O reflexo também pode ser verificado no aumento de pessoas comprando o segundo imóvel comercial ou residencial para investir. Outra tendência: pessoas de fora que resolveram investir próximo dos locais onde serão realizados os Jogos Olímpicos — avenidas Abelardo Bueno e Salvador Allende, na Barra da Tijuca.
Segundo o diretor da Estrutura Consultoria Imobiliária, Fábio Mello, o momento é positivo para compra, porque hoje se consegue adquirir unidade de R$ 200 mil, com taxa de juros de 9% ao ano mais TR (Taxa Referencial).
“No passado, o percentual era de 13% ao ano mais a TR. Atualmente, o mercado oferece juros de 7,9% ao ano para casa de R$ 150 mil”, explica.
Mello ressalta que as taxas valem para unidades novas, na planta ou em construção. “A Concal, por exemplo, oferece imóveis a partir de R$ 120 mil, em Angra dos Reis, com financiamento da Caixa Econômica e taxa de juros 7,9% ao ano mais TR”, destaca.
O diretor acrescenta que imóveis adquiridos com recursos do FGTS não podem ser alugados no período de contrato. Os comprados com dinheiro da poupança podem e assim o proprietário obtem renda extra.
“Novembro e dezembro foram meses históricos de vendas, não só no mercado imobiliário. O povo brasileiro está com dinheiro”, diz o diretor de Incorporação da Living, braço econômico da RJZ Cyrela, Alexandre Calazans. Ele adianta que vai lançar 5 mil unidades neste ano no Rio: “Serão imóveis a partir de R$ 85 mil, com área de lazer completa”.
A diretora da Fernandes Araujo, Alessandra Araujo, vê um ambiente positivo. “Agora a população está entendendo que o governo está oferecendo desconto (R$ 23 mil )para famílias com renda de até seis salários mínimos (R$ 3.060) adquirirem a moradia”, diz ela, que tem lançamentos para sair do forno dentro e fora do programa.
MERCADO AQUECIDO
A Santa Cecília vai lançar 500 unidades em Jacarepaguá e já adianta que terá empreendimentos pelo ‘Minha Casa, Minha Vida’. Segundo o diretor da construtora, Márcio Iorio, a empresa está em busca de terrenos para investir fortemente no programa do governo.
A CHL oferece oportunidades em vários bairros, como o empreendimento Vida Boa, na Estrada do Cabuçu de Baixo, em Campo Grande. São 482 casas duplex com preço médio de R$ 90 mil. Outra opção é o Jóia do Campo, no mesmo bairro, com 295 apartamentos — preço médio R$ 125 mil. Há ofertas também em Irajá e Praça Seca, pelo ‘Minha Casa, Minha Vida’.
A Zayd tem unidades a partir de R$ 155 mil, no Pechincha, em Jacarepaguá. A construtora tem mais dois empreendimentos no mesmo bairro, além de ofertas em Campo Grande e no Méier — todas com financiamento pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação).
A Basimóvel contabiliza R$ 4 bilhões em lançamentos, incluindo o programa de governo. Segundo o diretor Ariovaldo Rocha Filho, os imóveis serão voltados para o setor residencial e comercial. A média de preço gira em torno de R$ 150 mil.
A João Fortes Engenharia tem projetos para shoppings e 18 lançamentos programados para o Rio e outros estados. Para Luiz Henrique Rimes, diretor nacional da empresa, os últimos quatro meses de 2009 foram bem aquecidos, com destaque para dezembro, que no cado da empresa, foi o melhor mês do ano passado.
A Rossi conta com unidades em bairros como Pedra de Guaratiba, por meio da marca Ideal, focada no segmento popular, além de empreendimentos na Barra da Tijuca.
“É hora de comprar o imóvel”
“O ano já começa com uma projeção expressiva de unidades a serem lançadas. Isso contribui para que os preços fiquem mais convidativos para quem planeja comprar um imóvel para morar ou investir. Além disso, a concessão do crédito imobiliário está menos burocrática e as famílias também estão se sentindo mais seguras para tomar o financiamento de longo prazo, por conta da estabilidade econômica. Para este ano, vamos lançar pelo menos 1.100 unidades residenciais e comerciais”.
CARLOS EDUARDO PENNA, diretor da construtora Efer