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Regra básica é pesquisar preço das mercadorias em várias lojas.
Produtos como lápis e cadernos subiram quase o dobro da inflação.
Pesquisar preço e ir às lojas sem os filhos são dicas valiosas para quem quiser economizar na hora de comprar material escolar. Produtos como lápis, caderno e mochila estão mais caros do que no início do ano passado: no período de janeiro a dezembro de 2009, o reajuste foi quase o dobro da inflação. Enquanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ficou em 3,65%, a variação de preços de material escolar chegou a 6,61%.
Para não doer no bolso, o coordenador do IPC, Antonio Evaldo Comune, recomenda que as famílias pesquisem em várias lojas. “Os pais também devem ficar atentos às superpromoções. Algumas lojas barateiam alguns produtos para servirem de chamariz e encarecem outros.”
Segundo ele, os preços costumam subir mais nesta época do ano, porque é quando há mais procura. “Em relação a dezembro, a primeira semana de janeiro já teve um aumento de 0,60%.” Ele desaconselha, porém, esperar passar o mês para ir às compras. “Os preços não vão baixar e os modelos mais baratos podem acabar. O consumidor corre o risco de ficar com menos opções.”
Outra recomendação é verificar a possibilidade de reutilizar material do ano letivo anterior. "Não há necessidade de comprar uma borracha só por ter uma nova, se o seu filho ainda tem uma", avalia Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Pro Teste, associação de defesa do consumidor.
Deixar os filhos em casa na hora de ir às compras é uma atitude que também ajuda a economizar e, além disso, é uma maneira de educá-los para o consumo consciente, de acordo com Maria Inês. "Folheie os livros e olhe a data de validade de produtos ao comprá-los, para evitar dores de cabeça futuras", orienta. "Normalmente a compra é feita pensando no consumo em 12 meses. Comprar colas ou tintas, por exemplo, com curto período de validade pode trazer problemas".
Reaproveitamento
Os dois filhos mais novos da dona de casa Sueli Maria Vieira Martins, 44 anos, vão aproveitar a mochila, o estojo e as canetinhas do ano passado. “Compro sempre mochila básica, porque não sai de moda e eles não enjoam”, afirma a mãe do Guilherme, 12, e Fernando, 10.
Para driblar os preços altos, ela costuma sempre pesquisar. “Já fui a três papelarias e ainda pretendo ir a uma quarta, que também vende por atacado. Só depois disso é que decido onde comprar.” Os livros dificilmente são reaproveitados. “Ficam todos escritos e à caneta.”
Sueli conta que nunca leva as crianças às compras. “Sou gato escaldado. Meu filho mais velho, de 24 anos, ia comigo, mas sempre acabava pedindo as coisas mais caras.”
A mesma estratégia é usada pela professora Tânia Aparecida Vasconcelos Ferroni, 44 anos, mãe de dois meninos em idade escolar, de 11 e 12 anos, -ainda tem o caçula, de apenas oito meses. “Antes eu os levava, mas, agora, estou bem esperta. Vejo qual é o gosto deles e compro sozinha.”
Ela vai atrás de produtos em conta, mas fica atenta à qualidade. “Menino estraga tudo muito rápido. Eu dou preferência por materiais de qualidade, assim, dá para usar de um ano para o outro. Uma vez, comprei um estojo bem mais barato, mas não deu nem para um semestre inteiro. Precisei comprar outro. O barato saiu caro”, relembra.