Consumo de energia sobe 7,5% com calor e retomada da economia

Sudeste teve maior recuperação no consumo, com alta de quase 10%.
No ano até novembro, consumo caiu 0,5% na comparação com 2008.

O consumo de energia elétrica no Brasil avançou 7,5% em novembro na comparação com igual período de 2008, para 56.274 megawatts médios, impulsionado por maiores temperaturas, retomada da atividade industrial e a interligação do sistema isolado Acre/Rondônia, que somou mais 400 megawatts ao Sistema Interligado Nacional.

No acumulado do ano, no entanto, a taxa de consumo de energia caiu 0,5% na comparação com os onze primeiros meses de 2008, informou o Operador Nacional do Sistema (ONS) nesta quinta-feira (3). Na comparação com outubro deste ano, a energia consumida em novembro teve incremento de 4,6%.

"A taxa de crescimento da carga do mês de novembro em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando foram observados os primeiros reflexos da crise na carga de energia, consolida a retomada do crescimento da produção industrial", avaliou o ONS.

O sistema Sudeste foi o que mais se recuperou em relação a novembro de 2008, com alta de 9,7% nessa base comparação, mas acumula ainda queda de 1,1% no ano.

"A carga verificada no mês de novembro apresentou uma acentuada elevação em relação aos meses anteriores, demonstrando uma melhora acentuada do desempenho da atividade econômica da região, onde se concentra a maior parte das indústrias do país", explicou o ONS.

Em segundo lugar ficou a região Sul, com alta de 7,3% na comparação com igual período do ano passado, também puxada pelas temperaturas mais elevadas e pela retomada da produção industrial voltada para o mercado interno. No ano, o Sul já registra alta de consumo de 0,8%.

A região Nordeste teve alta de 2,9% no consumo de energia em novembro na comparação com o mesmo mês de 2008 e a região Norte foi a única a continuar apresentando queda na comparação anual, de 0,7%, com a volta mais lenta da atividade dos consumidores eletrointensivos da região, que são voltados para o mercado externo e ainda se recuperam da crise financeira.