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 Defesa do Consumidor
 

Consumidor paulistano tem dificuldade em encontrar móveis "verdes" (Parte 1)

Fonte: Globo Amazônia 30/11/2009

Texto enviado ao JurisWay em 30/11/2009.

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Oferta de produtos com selo de certificação é muito baixa.
Problema também ocorre na madeira usada para construção civil.

Iberê Thenório

Ser ecologicamente correto é uma tarefa quase impossível para o consumidor paulistano que quiser aproveitar a diminuição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), anunciada pelo ministro da Fazenda na última quarta-feira (25). Além de zerar o imposto para móveis, Guido Mantega também prorrogou o desconto que já existia para materiais de construção.

A dificuldade está nos dois tipos de produto. A oferta de móveis populares que tenham selo garantindo a origem da madeira é praticamente inexistente. Na construção civil, há apenas duas lojas em São Paulo que vendem tábuas aprovadas pelo FSC (Conselho Brasileiro de Manejo Florestal). Essa organização é única no Brasil que verifica se a madeira, além de estar em dia com todas as leis ambientais, também respeitou os direitos de seus empregados e das comunidades próximas à floresta.

‘Selo? Como assim?’

Para verificar o quanto é difícil encontrar móveis com esse selo, a reportagem do Globo Amazônia percorreu de ponta a ponta a rua Teodoro Sampaio, na Zona Oeste de São Paulo, onde se concentram dezenas de lojas que vendem esses produtos.

De 25 estabelecimentos visitados, nenhum tinha móveis com certificação FSC. Na maioria dos lugares, os vendedores não sabiam o que significava o selo. “A principal preocupação dos clientes é com a qualidade da madeira. De cada cem clientes, nenhum toca nesse assunto”, afirma o projetista José Carlos de Souza, que trabalha na região.

Apenas duas lojas ofereciam alguma garantia ambiental. Em uma rede de móveis para cozinhas, um folder do fabricante dizia que os móveis eram feitos de MDF (um tipo de aglomerado de serragem) “100% ecológico”.

Em outra loja, alguns produtos continham o selo Biomóvel, criado por indústrias do polo moveleiro de São Bento do Sul (SC). Segundo os fabricantes, quem usa essa certificação garante que toda a madeira vem de florestas cultivadas e que os móveis não usam produtos nocivos ao meio ambiente. 

Eucalipto

Na maioria das lojas, quando questionados sobre a rigem da madeira, os vendedores argumentaram que os móveis são montados com chapas MDF, aglomerado ou compensado, e que esse material é feito de eucalipto e vem de florestas cultivadas.

O coordenador de certificação da ONG Imaflora, Leonardo Sobral, discorda que isse seja uma garantia ambiental. “Não é porque a madeira veio de floresta plantada que ela é ecologicamente correta.” Ele explica que para obter o selo FSC – fornecido por sua instituição – é necessário respeitar regras ambientais e trabalhistas, como a aplicação correta de agrotóxicos e o uso de equipamento de proteção. 

Prepare o bolso

Móveis certificados só foram encontrados fora da rua Teodoro Sampaio, em uma das maiores redes de venda de móveis de São Paulo, voltada para a classe média alta. Entretanto, a oferta é pequena e o preço é salgado. Uma cadeira de eucalipto, por exemplo, sai por R$ 285, enquanto uma mesa de garapeira de 130 por 65 cm custa R$ 565.

“Os móveis com essa certificação realmente são muito raros, pois os clientes não exigem. Quando eles disserem que não compram sem certificação, isso vai mudar”, afirma o presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimovel), José Luiz Diaz Fernandez. 




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