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“Agora é a hora de fechar contratos de pacotes de viagens”, diz o consultor de finanças pessoais Cláudio Carvajal. “Em épocas em que o dólar estava cotado a R$ 2,30, por exemplo, ficava caro e difícil ir ao exterior. Agora está fácil.”
Um dos jeitos mais fáceis de o turista aproveitar o dólar barato é comprar pacotes cotados em dólar nas agências de turismo. Quem vai viajar em janeiro, por exemplo, pode fechar negócio agora e, normalmente, a conversão do preço para reais é feita no momento em que o contrato é assinado.
Assim, o turista garante a cotação do dólar atual no pagamento mesmo que a viagem ainda demore alguns meses. Outra vantagem é que, se o pacote for parcelado, no momento em que o contrato é fechado é calculado quanto ficará a parcela em reais – e ela não muda mais, mesmo que o dólar suba ou desça.
“Quem vai viajar deve aproveitar pacotes que já estão no mercado, que integram passagem, hotel, refeições e passeios. Algumas agências usam uma cotação do dólar em torno de R$ 1,70, o que é muito vantajoso”, diz Marcos Crivelaro, consultor de finanças pessoais.
Dólar comercial x dólar turismo
Na agência de viagens CVC, por exemplo, os pacotes internacionais e cruzeiros, mesmo os feitos dentro do Brasil, têm preço em dólar. A empresa usa uma taxa de câmbio definida por ela a cada dia, que é informada ao cliente nas agências e que, segundo a CVC, normalmente fica um pouco abaixo da cotação do dólar turismo.
Na quinta-feira (29), por exemplo, o dólar turismo fechou a R$ 1,83 e o dólar comercial, a R$ 1,73. No mesmo dia, a taxa usada pela CVC era R$ 1,80.
A TAM Viagens trabalha da mesma forma: a conversão é feita no momento da compra, usando a cotação do dólar turismo do Banco do Brasil. Uma vez definido o valor do pacote em reais, são calculadas as parcelas fixas em reais.
Para Crivelaro, quem não vai comprar pacote ou quer garantir o câmbio para o dinheiro que será gasto em compras lá fora deve ir comprando dólares semanalmente, para não correr o risco de comprar tudo de uma vez e pegar um dia de cotação desfavorável.
Ele alerta também que quem vai para países que usam outras moedas além do dólar ou euro pode acompanhar na internet a cotação da moeda em relação ao real e ao dólar. Isso porque, dependendo do caso, pode ser mais vantajoso trocar reais pela moeda aqui no Brasil do que levar dólares para serem trocados pela moeda local ao chegar lá.
Cartão de crédito x cartão pré-pago
O turista que vai comprar dólares ou fechar contratos normalmente encontra uma cotação mais próxima do dólar turismo, que está atualmente em torno dos R$ 1,80, enquanto as compras do cartão de crédito normalmente são convertidas por uma taxa mais próxima do dólar comercial.
“Mas o cartão de crédito tem as compras convertidas para reais na data da fatura, então só é vantagem se a pessoa for viajar agora”, diz Cláudio Carvajal.
No caso do cartão de crédito, a taxa de câmbio usada para conversão do valor comprado é informada só quando a fatura chega para o cliente. Mas a taxa de câmbio que vale mesmo é a da data do pagamento. Então, se houver diferença, para mais ou para menos, entre a taxa que veio na fatura e a da data do pagamento, a compensação é feita na próxima fatura.
As taxas do dólar comercial e turismo publicadas diariamente servem de referência, mas cada banco, agência de viagem ou casa de câmbio tem liberdade de cobrar a taxa que quiser. “Ao fechar o contrato o consumidor deve ficar atento e ver qual a taxa usada e se está próxima da cotação publicada”, explica o consultor.
Outro jeito de garantir uma taxa de câmbio favorável agora para viagens no futuro é comprar traveller cheques ou cartões pré-pagos do tipo “travel money”. No primeiro caso, os travellers são uma espécie de “vale” em papel, denominado em dólar ou euro, que é trocado no país estrangeiro por moeda local – no entanto, os locais de troca podem cobrar taxas pela transação ou oferecer uma taxa de câmbio ligeiramente desfavorável para garantir seu lucro.
Já os cartões pré-pagos são carregados no Brasil, com pagamento em reais, mas o saldo é convertido e fica “guardado” em dólar ou euro. No país de destino, o turista pode usá-lo diretamente para compras, como um cartão de débito, com conversão na hora para a moeda local se ela não for dólar ou euro; ou realizar saques em caixas eletrônicos, pelos quais é cobrada uma taxa.