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‘Piso’ almejado pelas autoridades seria 75% de cada população.
Médico faz balanço de seis meses da pandemia do influenza H1N1.
Parece que faz muito tempo, mas são só seis meses desde o início da pandemia de gripe que atinge a nossa aldeia global. A partir dos primeiros casos detectados no México e Estados Unidos, praticamente todos os países do mundo já registraram a presença do novo vírus causador da doença.
Inicialmente foi chamada de gripe suína, nome que permaneceu no vocabulário popular apesar de se tratar de uma infecção de humanos. O vírus influenza A (H1N1) veio para ocupar o posto de vírus de gripe pandêmico esperado pelos especialistas há décadas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), diante do grande número de casos e da impossibilidade de confirmar laboratorialmente todos, orientou que se contassem somente os casos mais graves e que fossem testados.
De lá para cá, são mais de 420 mil pessoas infectadas, com pelo menos 5 mil mortes confirmadas em quase todo o mundo, e a cada semana novos países detectam casos e infelizmente registram fatalidades.
O novo vírus se mostrou facilmente transmissível e capaz de ocupar o espaço do vírus da gripe sazonal se tornando o principal da temporada de gripe 2009/2010.
Uma das surpresas foram os grupos mais atingidos pela infecção.
Diferentemente do habitual, os mais jovens, as grávidas e as crianças apresentaram os quadros mais graves, com vários pacientes necessitando de suporte de terapia intensiva e tratamento agressivo.
Além desses grupos, pessoas com doenças crônicas e especialmente os obesos estão pagando um preço alto durante a atual pandemia.
No balanço geral da situação, o H1N1 se mostrou capaz de se disseminar rapidamente, alcançando o status de pandemia, atingindo praticamente todo o globo em poucas semanas. Felizmente a maioria dos casos é de curso benigno e a taxa de letalidade do vírus é semelhante à do vírus da gripe comum.
A boa notícia é que, apesar do pouco tempo, uma vacina contra o novo vírus pode ser desenvolvida. Já está sendo aplicada no Hemisfério Norte neste início de outono, preparando as populações para o inverno que se aproxima.
Infelizmente ainda não se produzirá a quantidade ideal de vacinas. Portanto, o número desejado de pessoas imunizadas, estimado pelas autoridades em 75%, não será atingido a tempo.
A primeira grande lição da pandemia do H1N1 foi que os sistemas de detecção de novas viroses, montado desde o alarme da Sars e da gripe aviária, se mostrou capaz de identificar rapidamente o aparecimento de uma nova doença e permitir o isolamento de seu causador.
A pandemia de gripe, que era esperada pelos especialistas, chegou e vem cumprindo seu curso natural, atravessando o mundo em semanas e devendo permanecer entre nós ainda por algum tempo. Felizmente, não foi tão severa quanto se temia, quando lembramos da pandemia de 1918/19.