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 Defesa do Consumidor
 

Consumidor comemora queda do dólar e compra mais

Fonte: Bom Dia Brasil 14/10/2009

Texto enviado ao JurisWay em 14/10/2009.

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Mas o governo está preocupado com outros efeitos na economia e os exportadores querem mudanças.

O brasileiro sabe: o sobe e desce do dólar influencia diretamente a nossa economia. Ultimamente, a moeda americana anda lá embaixo. Quem importa comemora, quem exporta fica apreensivo. Mas o efeito dessa queda vai muito além das contas externas e está em contas que aparentemente não tem nada a ver com o dólar.

Ele mexe até com o preço do aluguel e com todos os contratos que são reajustados pelo IGP-M, um índice que tem forte influência do dólar. Ontem, a moeda americana fechou valendo R$ 1,72. É a cotação mais baixa em mais de um ano.

Nos supermercados, a queda é visível no setor de importados e também já foi registradas em alguns setores que nem imaginamos.

Hoje em dia podemos nos dar ao luxo da dúvida: queremos um vinho francês ou um chileno? Um azeite português ou italiano? Um queijo holandês ou suíço? Esse fácil acesso a produtos que até dez anos atrás nos custariam os olhos da cara tem seu preço: a queda do dólar. O que isso significa para o nosso dia a dia?

“Muito pouco na rotina diária, afeta muito mais a exportação, realmente a economia do país como um todo, mas para a população não acredito muito que haja grandes interferências”, opina o engenheiro André Stegun.

Mas o valor do dólar não atinge apenas os produtos importados. Para o economista Francisco Pessoa Faria, esse é um dos preços mais importantes da economia, determinante para quase tudo na nossa vida.

“A discussão do câmbio é quase questão de segurança nacional. Envolve muitos perdedores e ganhadores e afeta tanto a inflação como o seu emprego. O aluguel é um bem que está ligado ao câmbio. Quem tem aluguel sabe que ele é corrigido pelo IGP-M, que depende muito da taxa de câmbio”, explica o economista o economista/LCA Consultoria Francisco Pessoa Faria.

Não é só o aluguel, mas qualquer contrato baseado no IGP-M. A interferência do câmbio está também em lugares aparentemente improváveis: nos pneus, na ração do cachorro. Onde houver um item importado para a produção de determinado produto, haverá uma queda no preço. Isso é bom ou ruim?

“Gostamos bastante. Aliás, para nós não é muito bom porque acabamos consumindo mais do que se deve”, destaca a empresária Maria de Lourdes Alvarenga.

O Brasil é hoje um lugar propício para grandes investidores estrangeiros que trarão mais dólares para o país. Isso pode nos transformar em grandes importadores e atrapalhar nossas exportações e a indústria nacional.

“Em geral mais prejudicados são aqueles que exportam sem ter tantos insumos importados. Ou que não pode se aproveitar tanto de máquinas. Podemos falar do setor têxtil e do calçadista que têm sofrido. Quem sai perdendo são todos que exportam e têm competidores fortes lá fora”, diz o economista Francisco Pessoa Faria.

Para ele, é preciso olhar para frente e enxergar não só o Brasil de hoje, mas que país teremos daqui 10 ou 15 anos.

“É um preço que afeta todo mundo, direta ou indiretamente. Fingir que o câmbio não tem um impacto para a estrutura social, geográfica é fechar os olhos para uma realidade que vai se impor mais cedo ou mais tarde”, aponta o economista/LCA Consultoria Francisco Pessoa Faria.

É um equilíbrio complicado: dólar baixo ajuda a controlar a inflação, permite a compra de máquinas com preços menores. Mas prejudica setores importantes da economia brasileira, como o agronegócio
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