JurisWay - Sistema Educacional Online
 
 
Cursos
Certificados
Concursos
OAB
ENEM
Vídeos
Modelos
Perguntas
Notícias
Fale Conosco
 
Email
Senha
powered by
Google  
 
 Defesa do Consumidor
 

Dicas para investir no país do futuro

Fonte: Gazeta do Povo 13/10/2009

Texto enviado ao JurisWay em 13/10/2009.

indique está página a um amigo Indique aos amigos



Copa, Jogos Olímpícos, pré-sal, investment grade. Uma superposição de fatores faz com que o momento para aplicar no Brasil seja mais promissor do que nunca. Especialistas dão dicas de como fazer isso
 
Como será o Brasil que vai receber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016? Ao que tudo indica, será um país mais rico e estável do que foi no passado, com menos desigualdade social e um líder importante no cenário internacional. É verdade que prospectos como esse foram comuns no passado – em 2001, por exemplo, um relatório da Agência Central de Inteligên­cia dos Estados Unidos (a CIA) já adiantava que o Brasil se tornaria uma potência emer­­­gente no hemisfério e um dos grandes produtores globais de petróleo (isso anos antes de a Pe­­­trobras descobrir óleo na ca­­mada pré-sal). A diferença é que, desta vez, a previsão está mais per­­to de se tornar realidade do que jamais foi. Sendo assim, o que o cidadão/investidor pode fa­­zer para aproveitar esse bom mo­­mento e crescer junto com o país?

Quem está pensando em testar na prática sua veia de empreendedor tem alguns setores promissores. O mais óbvio é o de hospitalidade – hotéis, restaurantes e bares terão no Brasil olímpico e na Copa uma grande oportunidade. E ela não se limita às cidades-sede. “Pense, por exem­­plo, no Cânion do Guartelá, aqui perto de Curitiba”, diz o eco­­­nomista Jackson Peters, professor do Estação Business School. “Ele tem potencial para atrair turistas que vierem a Curi­­tiba para ver a Copa, mas é preciso que os prestadores de serviço da região invistam na qualidade para atender a uma demanda muito exigente.”

Peters também destaca a cons­­trução civil, que deve se be­­ne­­ficiar com os investimentos em infraestrutura ligados aos eventos. “O preço de imóveis e alu­­guéis tende a subir”, observa.

Renda

Outros setores da economia de­­vem ganhar ânimo em conse­quência do crescimento econômico. O aumento da renda das fa­­mílias brasileiras deve gerar bons negócios. “Como essa elevação de renda tem ocorrido na base da pirâmide social, a massa de consumo dessa turma deve crescer”, arrisca Friedbert Kroe­­ger, especialista em planejamento financeiro pessoal. “Quem tem um produto ou serviço a oferecer para as classes C e D tem boas oportunidades pela frente”, diz.

Tanto Kroeger quanto Pe­­ters temem, no entanto, que esse ce­­nário positivo possa se desmanchar nos próximos tempos. “Está tudo tão bom que eu até desconfio”, resume Kroeger. Ele acredita que muitos dos fatores positivos para o Brasil são internos, e podem continuar a in­­­fluenciar positivamente os negócios mesmo que a crise volte a afetar os mercados internacionais.

Política

Mas Kroeger vê um risco grande no ambiente político. Para entender a influência desse fator, basta lembrar do Brasil do passado. Quando Lula começou a aparecer como favorito nas pesquisas de opinião, em 2002, vários índices econômicos começaram a se deteriorar. Isso aconteceu porque investidores (nacionais e estrangeiros) te­­miam que, quando eleito, ele adotasse uma política de privatizações, contrária aos seus interesses.

Antes ainda, em 1986, a inflação estava sob controle graças ao congelamento de preços do Pla­­no Cruzado. Os economistas da época defendiam que era hora de liberar os preços, mas aproximava-se uma eleição – e o presidente Sarney queria o sucesso de seus aliados nas urnas. O congelamento foi mantido e medidas demagógicas fizeram desmoronar o projeto de controlar a inflação. “Esse é um risco. Será que a política não vai se sobrepor à es­­ta­bilidade econômica?”, pergunta Kroeger.

Peters também teme pelo am­­biente eleitoral de 2010. “Tem política no meio, e esse sempre é um fator difícil de prever. A instabilidade política pode derrubar todo esse momento bom”, diz. “Oti­mis­mo demais sempre traz um certo risco.”

Oportunidades

Alguns caminhos para aproveitar a fase de entusiasmo econômico que se anuncia para o Brasil nos próximos anos.

Classe D

Nos últimos anos, o aumento registrado na renda familiar foi nas famílias mais carentes. Se esse movimento persistir, poderá haver espaço crescente para comércio e serviços destinados às classes C e D, que ganharão poder de consumo.

Construção

É considerado o setor da economia que mais tem a ganhar com o aumento da renda e também com as obras de infraestrutura ligadas à Copa e às Olimpíadas. É um mercado que se abre não apenas para empresas ou investidores nessa área, mas também para profissionais ligados ao setor, como arquitetos e engenheiros, por exemplo.

Turismo

É óbvio que o mercado vai crescer com os eventos que virão. Mas também vai aumentar a pressão pela qualidade dos serviços. Ensino e treinamento estarão em alta.

Ações

A tendência é que o mercado de ações cresça junto com o país. Não é uma certeza, porque ele está sujeito a muitas outras influências, inclusive do mercado internacional. Mas há uma boa possibilidade de que os próximos anos levem a um bom desempenho.




Importante:
1 - Todos os artigos podem ser citados na íntegra ou parcialmente, desde que seja citada a fonte, no caso o site www.jurisway.org.br.

indique está página a um amigo Indique aos amigos

 
Copyright (c) 2006-2025. JurisWay - Todos os direitos reservados