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Quem está pensando em testar na prática sua veia de empreendedor tem alguns setores promissores. O mais óbvio é o de hospitalidade – hotéis, restaurantes e bares terão no Brasil olímpico e na Copa uma grande oportunidade. E ela não se limita às cidades-sede. “Pense, por exemplo, no Cânion do Guartelá, aqui perto de Curitiba”, diz o economista Jackson Peters, professor do Estação Business School. “Ele tem potencial para atrair turistas que vierem a Curitiba para ver a Copa, mas é preciso que os prestadores de serviço da região invistam na qualidade para atender a uma demanda muito exigente.”
Peters também destaca a construção civil, que deve se beneficiar com os investimentos em infraestrutura ligados aos eventos. “O preço de imóveis e aluguéis tende a subir”, observa.
Renda
Outros setores da economia devem ganhar ânimo em consequência do crescimento econômico. O aumento da renda das famílias brasileiras deve gerar bons negócios. “Como essa elevação de renda tem ocorrido na base da pirâmide social, a massa de consumo dessa turma deve crescer”, arrisca Friedbert Kroeger, especialista em planejamento financeiro pessoal. “Quem tem um produto ou serviço a oferecer para as classes C e D tem boas oportunidades pela frente”, diz.
Tanto Kroeger quanto Peters temem, no entanto, que esse cenário positivo possa se desmanchar nos próximos tempos. “Está tudo tão bom que eu até desconfio”, resume Kroeger. Ele acredita que muitos dos fatores positivos para o Brasil são internos, e podem continuar a influenciar positivamente os negócios mesmo que a crise volte a afetar os mercados internacionais.
Política
Mas Kroeger vê um risco grande no ambiente político. Para entender a influência desse fator, basta lembrar do Brasil do passado. Quando Lula começou a aparecer como favorito nas pesquisas de opinião, em 2002, vários índices econômicos começaram a se deteriorar. Isso aconteceu porque investidores (nacionais e estrangeiros) temiam que, quando eleito, ele adotasse uma política de privatizações, contrária aos seus interesses.
Antes ainda, em 1986, a inflação estava sob controle graças ao congelamento de preços do Plano Cruzado. Os economistas da época defendiam que era hora de liberar os preços, mas aproximava-se uma eleição – e o presidente Sarney queria o sucesso de seus aliados nas urnas. O congelamento foi mantido e medidas demagógicas fizeram desmoronar o projeto de controlar a inflação. “Esse é um risco. Será que a política não vai se sobrepor à estabilidade econômica?”, pergunta Kroeger.
Peters também teme pelo ambiente eleitoral de 2010. “Tem política no meio, e esse sempre é um fator difícil de prever. A instabilidade política pode derrubar todo esse momento bom”, diz. “Otimismo demais sempre traz um certo risco.”
Alguns caminhos para aproveitar a fase de entusiasmo econômico que se anuncia para o Brasil nos próximos anos.
Classe D
Nos últimos anos, o aumento registrado na renda familiar foi nas famílias mais carentes. Se esse movimento persistir, poderá haver espaço crescente para comércio e serviços destinados às classes C e D, que ganharão poder de consumo.
Construção
É considerado o setor da economia que mais tem a ganhar com o aumento da renda e também com as obras de infraestrutura ligadas à Copa e às Olimpíadas. É um mercado que se abre não apenas para empresas ou investidores nessa área, mas também para profissionais ligados ao setor, como arquitetos e engenheiros, por exemplo.
Turismo
É óbvio que o mercado vai crescer com os eventos que virão. Mas também vai aumentar a pressão pela qualidade dos serviços. Ensino e treinamento estarão em alta.
Ações
A tendência é que o mercado de ações cresça junto com o país. Não é uma certeza, porque ele está sujeito a muitas outras influências, inclusive do mercado internacional. Mas há uma boa possibilidade de que os próximos anos levem a um bom desempenho.