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POR ANDRÉA MACHADO,
Orçamentos, contratos, pagamentos e indicações... Antes de contratar um profissional, é preciso tomar alguns cuidado para não se aborrecer e gastar mais dinheiro do que o esperado na obra. Confira as dicas de especialistas
Rio - Só em ouvir a palavra ‘obra’, a administradora de empresas Bianca Martins, 30 anos, sente arrepios. A experiência com a reforma do seu apartamento foi quase traumática: trocas de pedreiros, gastos altíssimos com material e prazos estourados — a obra, que era para ser feita em dois meses, durou sete. Grávida de seis meses, a enfermeira Ivana Souza, 29 anos, está sem pia e a geladeira está no meio da cozinha. Foi abandonada pelo pedreiro e sua obra está parada. Para evitar que a reforma se torne um pesadelo, é preciso tomar alguns cuidados importantes.
A contratação do profissional deve ser cercada de cuidados. É importante certificar-se de que a pessoa — seja ela pedreiro, pintor, bombeiro ou até mesmo arquiteto — tenha a qualificação adequada à função. Indicações até são bem-vindas, mas, de qualquer maneira, é fundamental conhecer o histórico da pessoa. Se o profissional a ser contratado é um arquiteto, o ideal é fazer uma visita ao seu local de trabalho.
“Vale a visita para que se possa observar o staff de apoio do profissional, ver fotos de alguns trabalhos já executados e por último sentir cara a cara se rolou aquela química”, ensina o arquiteto Flavio Hermolin.
Bianca Martins lançou mão da indicação para contratar o pedreiro para a obra do seu apartamento. O resultado não foi o melhor. “Um amigo disse que ele era muito bom, e eu e meu noivo confiamos. Depois tivemos que contratar outro pedreiro e ele arrebentou a parede do banheiro, quebrou azulejos e o basculante. Dei muito azar com pedreiro. Nem sempre quem é indicado é bom”, lamentou Bianca.
O erro na escolha dos profissionais resultou em gasto de material além do necessário. A quantidade de tinta que a administradora comprou, por exemplo, dava para pintar seu apartamento três vezes. A contratação inadequada pode fazer com que o trabalho seja refeito diversas vezes.
A forma de pagamento também pode dar muita dor de cabeça. Nunca dê dinheiro antecipado e negocie antes quanto custará cada parte da reforma. Pagar por dia trabalhado pode ser sinônimo de prejuízo: o trabalhador pode ser mais esperto do que você pensa. Desculpas como a falta de material e a parede que precisa secar podem fazer com que a obra fique muito mais cara do que o previsto inicialmente. A recomendação é pagar de acordo com as etapas concluídas.
Todas as intervenções devem constar em contrato
Antes de a obra começar deve ser feito um orçamento. E é importante detalhar tudo. Nada deve ficar de fora. “Quando contratar alguém, vou anotar tudo que foi combinado, porque muitas coisas o pedreiro dizia que não tinham sido combinadas”, conta Ivana. Como muitas vezes o contratado trabalha informalmente, o contrato é deixado de lado.
Se acontecer do pedreiro abandonar a obra e sumir com o dinheiro já pago, nada poderá ser feito sem um documento assinado pelas partes. Só o contrato permitirá que o cliente use de seu direito de consumidor e, se for o caso, acione a Justiça.
No contrato deve constar: nome, identidade e endereço do profissional e do cliente; tipo de serviço e em que endereço será feito; valor da mão de obra; valor dos materiais e equipamentos incluídos no preço; condições e formas de pagamento; datas de início e término do serviço; prazo e termos de garantia contratual; e assinatura de ambas as partes e de testemunhas.