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Paulo Toledo Piza
O Instituto Butantan irá testar a vacina da nova gripe em voluntários previamente selecionados a partir de setembro. Segundo afirmou o presidente da Fundação Butantan, Isaias Raw, na tarde desta quarta-feira (12), somente a partir desses testes é que serão definidas as diretrizes para a produção da vacina.
Inicialmente, 500 jovens com idade entre 20 e 30 anos serão divididos em três grupos distintos. “Alguns receberão a vacina da gripe sazonal, outros receberão do H5N1 [vírus causador da gripe aviária] e outra parte, da H1N1 [da nova gripe]”, afirmou Raw.
Os voluntários, que não saberão qual tipo de vacina receberão, serão acompanhados por técnicos do instituto, que avaliarão, entre outras reações, possíveis efeitos colaterais, como febre e a toxicidade da vacina.
18 milhões de doses
Ainda nesta quarta-feira, Raw confirmou que o Instituto Butantan irá fornecer ao Ministério da Saúde 18 milhões de doses da vacina contra a nova gripe no início de 2010. Segundo o presidente do instituto, 1 milhão de doses virão prontas e outras 17 milhões, semi-prontas da França.
A previsão é de que esse lote chegue a São Paulo em setembro. “Esse 1 milhão poderá ser usado em casos de emergência”, disse a bióloga Cosue Miyaki, responsável pelo laboratório de influenza. Os 17 milhões semi-prontos passarão por um controle de qualidade. “Isso demora até 40 dias. Se receber em setembro, teoricamente meados de outubro terá a dose”, completou a bióloga.
A distribuição será feita a partir de janeiro por conta do fim do inverno. “Em outubro, com o fim do inverno, essa epidemia pode ter acabado.” Dessa forma, a produção tem em vista o inverno de 2010.
Produção própria
Nesta quarta-feira, o instituto recebeu a cepa (material genético) do vírus, que servirá para a produção da vacina. Essa cepa inicialmente será injetada em ovos galados (com embrião), pois o vírus precisa de um meio para se reproduzir. Essa primeira “safra” é denominada banco-estoque. “Depois de fazer todos os controles, pego uma ampola e faço mais uma amplificação, que é o banco-trabalho. Pego uma ou duas ampolas para produzir a vacina.” Toda esse processo leva entre cinco e seis meses.
A previsão do instituto é que, no primeiro semestre de 2010, sejam produzidos mais 30 milhões de doses da vacina.
Essas primeiras doses, porém, não deverão ser disponibilizadas para a população em geral. Primeiro, deverão ser imunizados trabalhadores do setor da saúde. “Médicos, enfermeiros e até quem dirige a ambulância”, afirmou o professor Raw.
Em seguida, profissionais de serviços essenciais, como policiais e bombeiros. O restante, o Ministério da Saúde decidirá a quem será dado. “O ministério sofrerá grandes pressões. Caberá a ele não ceder a essas pressões”, previu Raw.