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POR TAMARA MENEZES,
Condições e prazos para consumidor voltam aos patamares anteriores ao início da crise econômica global, em setembro. Compra de carro zero tem a menor taxa desde janeiro de 1995. Dica é pesquisar e fugir de prazos longos
Rio - Os juros cobrados do consumidor já caem mais do que as reduções na taxa básica da economia (Selic). As médias no crédito para consumo e produção foram as menores desde dezembro de 2007. De acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), as condições e prazos voltaram ao patamar de setembro de 2008.
Para quem pretende comprar carro zero, a taxa é a menor desde que a pesquisa foi lançada, janeiro de 1995. Entre junho e julho deste ano, os juros caíram mais 1,08 ponto percentual. Mas é preciso estar atento às condições e ao acúmulo de dívidas. Fugir de financiamentos longos e pesquisar condições são as dicas.
Em teste feito por O DIA em concessionária do Rio, o vendedor informou taxa errada no financiamento de um Siena 0km. Nelson de Souza, professor de finanças do Ibmec, adverte que outros itens entram na conta, além do custo do veículo: “Há IOF, despesas de registro do contrato, tarifas de abertura de crédito (TAC) e até seguro. Tudo se soma ao valor financiado, além do emplacamento e IPVA”.
“Em seis anos (72 meses), o carro estará desvalorizado, mas as prestações ainda pesarão no orçamento”, destaca. Ele aconselha que compradores financiem o menor valor possível e em prazos curtos, para pagar menos juros.
Nelson indica o crédito pessoal como melhor modalidade para parcelar. “As taxas estão atrativas se houver planejamento em relação ao prazo”, avalia. Segundo o professor, leasing e consórcio não são boas opções para a maioria dos motoristas. “O leasing é interessante para empresas, que podem descontar as amortizações e os juros do Imposto de Renda”, explica.
Consórcio, para ele, não vale a pena: “É melhor depositar o dinheiro na poupança, que oferece rendimento maior, não tem taxa de administração e ainda permite pedir desconto à vista”. Quem tira o carro rapidamente, por sorteio ou lance, leva vantagem. Mas a maioria espera um bom tempo.
Especial: juros mais baixos desde 1995
Aumento da competição e superação da crise levaram à queda de juros, segundo o presidente da Anefac, Miguel de Oliveira. “As condições de crédito vão melhorar mais”, prevê. A entidade aposta que as taxas baixarão mais rápido que a Selic. O estudo mostra a sexta queda seguida na taxa média. Só o cartão de crédito ficou estável. No cheque especial, os juros são os menores em 14 anos.